Por determinação da Justiça da Comarca de Goioerê o jovem Marcelo Torrezan dos Santos, atualmente com 28 anos, autor de um dos crimes que mais chocou a comunidade goioerense, foi considerado como inimputável, e, com isso, foi encaminhado ao manicômio judiciário em Curitiba, onde será submetido a tratamento psiquiátrico.
Marcelo foi submetido a uma junta psiquiátrica que o considerou inimputável. E por determinação da justiça foi encaminhando-o para tratamento no manicômio judiciário por tempo indeterminado.
CRIME BÁRBARO. Marcelo Torrezan estava morando em Jaracatiá com a avó há poucos meses. Ele estava em processo de recuperação após se submeter a mais um internamento em clinica de recuperação de dependentes químicos. Marcelo era usuário de drogas e por diversas vezes havia sido internado.
A avó, dona Terezinha Torrezan, havia ficado viúva e morava sozinha em uma chácara no perímetro urbano de Jaracatiá, Marcelo veio de Cascavel para passar algum tempo em companhia da avó.
E, na noite do dia 28, um sábado, Marcelo em momento de crise, e, aproveitando que a avó estava sentada em uma cadeira de balanço em frente a televisão, se apossou de uma faca, e, por trás aplicou um violento golpe no pescoço da avó, quase degolando-a.
Em seguida, Marcelo revirou toda a casa a procura de dinheiro, se apoderou de um revólver que pertencia ao avô. Em seguida, após trocar de roupa uma vez que a que usava estava toda ensanguentada, de posse do Fusca da avó deixou a chácara tomando rumo ignorado.
O corpo de dona Terezinha foi encontrado na manhã de domingo por familiares que residem em Goioerê, que estranhando o fato dela não atender o telefone, foram até Jaracatiá, onde depararam com uma cena chocante: dona Terezinha estava sentada na cadeira defronte a televisão, como tinha costume de assistir televisão. Estava morta e degolada. Na casa havia muito sangue.
De acordo com informações de vizinhos, Marcelo havia deixado a casa na noite de sábado dirigindo o Fusca. Não estranharam uma vez que ele sempre saia com o carro da avó.
PRESO. Desde o início Marcelo foi apontado como principal suspeito do bárbaro crime. Ele foi preso cerca de um mês após, na cidade de Assis Chateaubriand onde estava escondido em uma pensão, desde que saiu de Goioerê. O Fusca ele teria vendido a um ferro velho naquela cidade e usou o dinheiro para pagar despesas da pensão.
Trazido para Goioerê, Marcelo foi autuado por latrocínio (roubo seguido de morte). O principal motivo do crime teria sido uma crise, e o jovem teria surtado. E, sabendo que a avó guardava dinheiro em casa ele acabou tirando a vida da própria avó de forma cruel e violenta.
SEM JULGAMENTO. Na última semana Marcelo Torrezan após ter sido submetido a uma junta psiquiátrica, foi considerado inimputável. Imediatamente foi internado no manicômio judiciário em Curitiba por tempo indeterminado.
Quem são inimputáveis
Os inimputáveis são aquelas pessoas incapazes de discernir seus atos, quando cometem infração penal, porém no momento do crime era inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato, seja de forma absoluta ou relativa. Esses que não entendem no momento do delito a gravidade do seu ato e por isso, não podem responder pelo que fizeram e são excluídos penalmente, mas ficam sujeitos a medidas de segurança ou às normas estabelecidas na legislação especial.
Inimputáveis são os doentes mentais ou os que possuem o desenvolvimento mental incompleto ou retardado, e que no momento do delito, se encontravam em estado incapaz de compreender a ilicitude do ato.
Marcelo Torrezam foi recolhido no manicômio judiciário