O adolescente de 15 anos acusado de matar Anna Luiza Nunes do Carmo, de 13 anos, em Sorriso, foi condenado pela juíza Daiene Vaz Carvalho Goulart, da 2ª Vara Cível da Comarca daquele município a cumprir medida socioeducativa de internação.
Ele foi sentenciado por atos infracionais análogos aos crimes de estupro de vulnerável, homicídio qualificado e aborto sem consentimento da gestante.
De acordo com a decisão judicial, ele deve permanecer internado por três anos, prazo máximo permitido por lei, A cada seis meses deverá ser realizado exame psicossocial para verificar a necessidade ou não da manutenção da medida.
A sentença foi dada na última sexta-feira, 15, e, mesmo em período de pandemia, foram cumpridos todos os prazos processuais. O processo tramita em segredo de Justiça e, portanto, não é possível fornecer detalhes da sentença.
GRAVIDEZ. Um exame apontou que Anna Luiza estava grávida. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Nilson Farias, o adolescente de 15 anos tinha conhecimento da gravidez.
Ele foi apreendido no mesmo dia em que Anna Luíza foi encontrada morte dois dias depois em um terreno baldio, no município. Ele disse à polícia que cometeu o crime porque a menina estava grávida e ele temia as consequências, já que tinha outra namorada.
Ele também contou ter matado a vítima com um golpe de mata-leão e depois arremessado um tijolo nela, além de dar vários golpes com um pedaço de madeira.
Depois do crime, ele pôs fogo na roupa nas roupas dele na tentativa de apagar os vestígios do crime.
O CRIME. De acordo com a polícia, no dia do desaparecimento a garota utilizou o celular da sua irmã para falar com um rapaz, arrumou a cama com travesseiros para que pensassem que ela estava dormindo e saiu de casa.
Assim que o corpo foi localizado, a Polícia Civil iniciou as investigações que apontaram o adolescente como principal suspeito do crime. Durante o depoimento de testemunhas, a polícia descobriu que havia um relacionamento entre o suspeito e a vítima.
De acordo com testemunhas, antes ele estava bem fisicamente e sem lesões aparentes, porém, no dia seguinte do crime amanheceu com o tornozelo torcido, com fratura evidente e as mãos machucadas, possivelmente devido aos esforços empregados para desferir as agressões contra a vítima.
A mãe da garota registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil sobre o desaparecimento. Ela contou à polícia que Anna Luiza foi para o quarto e dormiu. Na manhã do outro dia ela não foi encontrada na cama e havia desaparecido.
Câmeras de segurança registraram o momento em que a menina anda a pé pelas ruas. Aparentemente ela estava sozinha.