A mãe de um bebê de 10 meses, que foi internado no domingo (1º) em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica do Hospital Universitário do Oeste do Paraná, em Cascavel, negou que o padrasto da criança tenha agredido o filho dela. O homem, de 36 anos, tinha sido preso como suspeito das agressões.
Segundo a mãe, que tem 16 anos, ela foi ao hospital porque o filho engasgou com suco. Mas exames apontaram sinais de agressões no corpo do bebê. Por isso, a Polícia Militar (PM) e o Conselho Tutelar foram chamados, e o padrasto da criança foi preso.
A criança continua internada em estado grave na UTI pediátrica nesta quinta-feira (5), conforme a mãe.
Em entrevista à RPC, a mãe disse que a criança tinha caído da cama dias atrás e, por isso, estava com um machucado na cabeça. Ela afirmou que o companheiro não agrediu o filho dela.
“Se quiser eu posso levar vocês para falar com os vizinhos, eles vão dizer como é. Ele compra tudo o que o neném precisa, ele tem um amor enorme no nenê”, disse sobre a relação do padrasto com a criança.
Segundo a mãe ainda, o bebê não tem hematomas pelo corpo, apenas algumas manchas na perna porque a criança acaba caindo quando tenta andar.
“Tem umas marcas na coxa dele. Ele é muito elétrico, não para um minuto e como ele tá aprendendo a andar, subir nas coisas, ele cai”, explicou.
Sobre a suspeita de agressão. De acordo com a Polícia Militar, a equipe foi chamada ao hospital no dia do ocorrido porque a criança apresentava várias lesões no corpo, como um trauma grave na cabeça.
Segundo a PM, a mãe da criança disse aos policiais que chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para levar o filho ao hospita. Além disso, a polícia recebeu a informação de que quem ligou para o Samu relatou a agressão do padrasto contra o bebê.
“Nós entramos em contato com a equipe do Samu, que realizou o atendimento no local da ocorrência. Essa equipe confirmou essa situação de agressão porque eles receberam, através do solicitante da ambulância, o relato de que o autor da agressão seria o padrasto desta criança e que esse atendimento havia sido gravado”, disse o tenente Felipe Malheiros.
Conforme o Conselho Tutelar, no domingo, em nenhum momento a mãe disse sobre a agressão do padastro. A adolescente foi ouvida na manhã desta quinta-feira (5) pelos conselheiros, acompanhada da mãe dela.
O conselho informou ainda que aguarda o resultado do exame do corpo de delito sobre as lesões. Além disso, de que, a princípio, nada foi definido sobre a possibilidade da mãe perder a guarda da criança.
Prisão. De acordo com a PM, o padrasto estava agressivo no dia do ocorrido e desacatou os policiais.
O homem tem passagens por violência doméstica, segundo a polícia.
A mãe da criança disse à RPC que o companheiro dela ficou alterado porque queria ver o bebê e foi acusado de ter feito algo que não ocorreu.
“Ele tava querendo ver o neném e já vieram os policiais, já algemaram. Por isso ele ficou alterado, porque estão fazendo uma injustiça com a gente”, relembrou.
Segundo a Polícia Civil, o homem foi liberado no dia seguinte da prisão, na segunda-feira (2).
O Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria) de Cascavel continua investigando e não passou informações sobre o caso. (RPC)