Um médico concursado da Prefeitura de Astorga, próximo a Maringá, foi preso pela Polícia Civil acusado de realizar consultas particulares durante o horário de trabalho no município. Segundo o Ministério Público do Paraná o profissional foi flagrado atuando dessa forma na manhã desta segunda-feira, 24.
Segundo o MP-PR, uma denúncia informou que o médico estava deixando a unidade de saúde para atender outros pacientes de forma particular no hospital municipal. Conforme a denúncia encaminhada a promotoria na sexta-feira, 21, por cada consulta o médico cobrava R$ 150.
O promotor Lucilio de Held Junior diz que decidiu verificar se a denúncia procedia indo direto no Posto de Saúde.“O profissional foi até o Posto de Saúde, registrou o horário de entrada, mas saiu e atendeu duas consultas particulares no hospital municipal. Temos os dois prontuários médicos que comprovam. É autorizado a realização de consultas particulares no hospital municipal, o que não pode é utilizar o horário de trabalho no município para fazer atividades particulares” – explicou o Promotor.
O representante do Ministério Público afirma que essa situação estava ocorrendo desde o último dia 10. “Nesse período o médico realizou aproximadamente 20 consultas particulares. Agora vamos verificar desde quando essa prática era realizada” – esclareceu o promotor Lucílio Júnior.
O médico Darci Ricardo Ramos é servidor público do município desde 2017, e tem carga horária semanal de 20 horas. Ramos também é vereador em Iguaraçu, cidade vizinha a Astorga.
A defesa do médico Darci Ricardo Ramos disse que não vai se manifestar.
O Ministério Público informou que o médico pode responder pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e prevaricação. O caso será encaminhado à Justiça.
A diretora do Departamento Municipal de Saúde, Carolina Padanoschi, disse que o município não tinha conhecimento sobre a possível irregularidade e que vai investigar o caso. Carolina afirmou que Darci Ramos é um profissional respeitado pela população e comprometido com a comunidade.
Por outro lado, a Câmara de Vereadores de Iguaraçu informou que o fato é uma questão profissional do parlamentar, que não tem relação com a Câmara. Por isso, o órgão não vai se manifestar neste momento.