A Mega-Sena sorteia nesta quinta-feira (2) um prêmio de R$ 125 milhões. De acordo com a Caixa, o maior deste ano.
O sorteio das seis dezenas do concurso 2.147 será realizado a partir das 20h (horário de Brasília) no Espaço Loterias Caixa, no Terminal Rodoviário do Tietê, na cidade de São Paulo. De acordo com a Caixa, o valor do prêmio, caso aplicado na poupança, renderia mais de R$ 464 mil por mês.
CONHEÇA ALGUNS CASOS ONDE GANHAR O PRÊMIO NÃO FOI UMA VANTAGEM
Os altos prêmios da Mega-Sena também já trouxeram discórdias familiares, sequestros (falsos e
verdadeiros) e até assassinatos. Conheça algumas histórias que envolveram
ganhadores da loteria.
A viúva da Mega-Sena. Renné Senna, 54, mudou de vida ao ganhar sozinho um prêmio de R$ 51,9
milhões em julho de 2005. Com duas pernas amputadas por causa de uma diabetes maltratada, o carioca aproveitou por um ano e meio a vida de milionário que foi morto com quatro tiros na
cabeça em janeiro de 2007.
À época, a polícia prendeu a viúva Adriana Almeida, 29, que havia conhecido Renné depois de ele ganhar o prêmio, e mais cinco pessoas, entre eles os ex-seguranças da vítima. A suspeita era de que ela havia assassinado o marido pela herança, então dividida entre ela e a filha de Renné. Um ano e meio depois, ela foi solta e voltou a viver na fazenda que ele havia comprado. Os ex-seguranças de Renné, Anderson Silva de Souza e Ednei Gonçalves Pereira, foram condenados a 18 anos por terem sido os autores dos disparos contra o milionário. Em fevereiro de 2018, a Justiça anulou ainda o testamento e tirou o direito de Adriana à herança.
Morto com três tiros . O empresário Miguel Ferreira de Oliveira decidiu deixar São Paulo e ir morar
em Campos Salles (CE), depois de ganhar um prêmio de R$ 39 milhões em 2011. Ele levava uma vida tranquila na região e era conhecido como “o milionário da Mega-Sena”. Em fevereiro de 2018, Miguel foi morto com três tiros enquanto bebia em um bar da região. O crime segue sem respostas.
Venceram com o mesmo bolão e foram assassinados.Em maio de 2007, um bolão de 14 pessoas de Limeira ganhou um prêmio de R$ 16 milhões na Mega. Mais de um ano depois, em novembro de 2008, um dos participantes, Altair Aparecido dos Santos, 43, foi assassinado durante um assalto em uma festa na sua chácara. Na época, a família suspeitou de dois conhecidos de Altair que haviam participado do bolão, mas não pagaram a aposta e ficaram fora do rateio. Segundo o assassino, Diego dos Santos, foragido da Justiça, disse que entrou na chácara sem saber que Altair era ganhador do prêmio e atirou quando ele reagiu com uma vassoura.
Quase dez anos depois, outro ganhador do prêmio, também foi morto. Mais uma vez, no entanto, o crime não teve ligação direta com o prêmio. De acordo com o Ministério Público, o suspeito era um inquilino da vítima que devia aluguel. Testemunhos apontam que os dois já discutiam frequentemente
por causa de inadimplência. Em uma dessas brigas, o acusado, um cabelereiro da cidade, teria matado Arlei.
Ganharam R$ 53 milhões mas não levaram. Um grupo de cerca de 40 pessoas de Novo Hamburgo, acreditou ter mudado de vida em fevereiro de 2010 após o anúncio do prêmio de R$ 53 milhões. Eles haviam comprado cotas de um bolão feito por uma lotérica da cidade. Ao chegarem ao local, os cotistas descobriram que a lotérica não havia feito a aposta. Logo, o prêmio não havia saído. A culpa recaiu sobre uma suas funcionárias. O dono da lotérica acabou absolvido, e a funcionária foi condenada por estelionato, obrigada a pagar multa e a prestar serviços comunitários.
Casal assassinado. Uma família da cidade de Pontes e Lacerda (MT), desapareceu em outubro de 2011, quatro meses após ganhar o prêmio de R$ 1,4 milhão na loteria. Depois de meses de busca, a polícia encontrou o filho do casal, então com um ano e meio, na casa de uma desconhecida no início de 2012. Os pais Raimundo de Souza, 46, e Liliane Saldanha, 25, haviam sido assassinados. As investigações descobriram que o idealizador do crime foi um colega de Raimundo, que organizou os assassinatos depois de saber sobre o prêmio.
Filho forja sequestro. Em fevereiro de 2014, um rapaz foi preso depois de forjar o próprio sequestro para extorquir a mãe, ganhadora de uma Mega da Virada. A vítima era faxineira de um hospital nordestino, e havia participado de um bolão com os colegas. Ao todo, ela tinha ganhado por volta de R$ 2 milhões. O filho, que estava no interior paulista, ligou para a mãe dizendo que havia sido
sequestrado e um amigo tinha vendido casa e moto para salvá-lo. Ela teria de
restituí-lo no valor de R$ 250 mil. A mulher suspeitou e chamou a polícia. Poucos dias depois, o amigo ligou e disse que queria mais R$ 50 mil, se não mataria o filho. Os policiais indicaram que a vítima fizesse um depósito menor e rastrearam o saque. A mãe reconheceu o próprio filho nas filmagens do caixa eletrônico. Os dois foram presos.
Briga entre irmãos. Um prêmio de R$ 7,8 milhões separou dois irmãos em Ribeirão Preto, em setembro de 2013. Depois da divulgação dos números, José Agostinho dos Santos, 40, acusou o irmão Rogério, 37, com quem morava, de ter furtado seu suposto bilhete premiado. A bolada tinha sido dividida entre dois ganhadores: um de Guarulhos,e outro de Ribeirão. Segundo José, Rogério teria pegado seu bilhete premiado e sacado a quantia. O caso acabou na delegacia. Para tentar enquadrar o irmão, José chegou a esconder um gravador em seu quarto. Rogério sempre negou que tivesse pegado o prêmio e a polícia não
conseguiu provas de que José estivesse falando a verdade.