A criança de 10 anos, que foi estuprada pelo padrasto e ameaçada de morte pela mãe, na noite da última segunda-feira, 14, em Tangará da Serra, contou para a conselheira tutelar que queria cometer suicídio.
A menina revelou que quase todos os dias o homem chegava em casa e a trancava em um quarto, tirava sua roupa, fazia sexo oral e esfregava suas genitais nas partes íntimas dela.
Ela foi resgatada pelo Conselho Tutelar e encaminhada para um abrigo da cidade. O padrasto foi prese em flagrante por estupro de vulnerável, e a mãe por abandono de incapaz.
O caso será investigado pela Polícia Civil.
RELEMBRE O CASO. A Polícia Militar foi até o local, após ter sido acionada pela mãe da menina, que percebeu que a criança era estuprada pelo padrasto depois de ver a filha com as genitais machucadas.
Ao chegar no endereço, os militares encontram a mulher bêbada.
Ela disse aos policiais que seu marido estava abusando sexualmente. Os policiais conduziram o homem, a mulher e a criança para a delegacia, em viaturas separadas.
A mãe explicou que deixava os filhos menores sozinhos em casa toda noite e saía para trabalhar. Na tarde de segunda-feira, ela ingeriu bebida alcoólica para se matar na frente dos filhos, mas antes, ia matar a menina a pauladas, assim que saísse da delegacia.
Os policiais deram ordem para ela não ameaçar sua própria filha, mas a acusada estava bastante alterada e continuou. Os policiais então prenderam a acusada e acionaram o Conselho Tutelar para acompanhar a criança.
A mãe da menina disse que foi vítima de agressões do homem, porém, voltou com ele há aproximadamente 2 meses, e hoje a filha confessou os abusos, após ela perguntar o motivo da vagina estarem bastante inchadas e coçando.
PEÇA AJUDA. O CVV (Centro de Valorização da Vida) tem realizado em Cuiabá, todas as quintas-feiras, reuniões com sobreviventes ao suicídio e seus familiares. Assim como parentes de pessoas que se mataram.
Também passaram a serem gratuitas as ligações feitas ao número 188. Canal de atendimento 24 horas.
Mais de um milhão de atendimentos anuais são realizados por 2.000 voluntários pelo telefone 188, pessoalmente (nos 80 postos de atendimento) ou pelo www.cvv.org.br via chat, Skype e e-mail.