A influencer Vitória Guarizo Demito, de 25 anos, que foi presa junto com o namorado por suspeita de tortura e roubo de R$ 40 mil de um homem em São Paulo, ganhou fama aos 17 anos, quando começou seu processo de transição de gênero.
De acordo com uma matéria publicada pelo site EGO em 2016, na pré-adolescência a influenciadora identificou que não se sentia como menino.
Ela chamou a atenção ao documentar sua transição de gênero em uma série de vídeos publicados no Youtube.
Vitória é filha adotiva de um casal de São Paulo e contou, segundo a reportagem, “que a infelicidade com sua sexualidade o [a] fez tentar o suicídio duas vezes, com overdoses de remédios”.
“Meus pais nunca me julgaram. Inclusive foi meu pai quem me levou a uma loja da Louis Vuitton onde comprei minha primeira bolsa feminina. Paguei por ela R$ 7,5 mil”, disse à epoca.
O pai de Vitória, um empresário conhecido no ramo da mineração, comentou na mesma reportagem: “A preocupação ficou um pouco de lado a partir do momento que ele [ela] descobriu o que quer. Sei que a sociedade é preconceituosa. O único receio que temos é com a violência que existe”, disse ele.
Ainda segundo a reportagem de 2016, ela já tinha uma coleção de 15 perucas e 11 bolsas de grifes como Chanel, Celine, Prada, Yves Saint Laurent.
Vitória chegou a morar em Madri, na Espanha. Ao voltar, conversou com os pais e, aos 18 anos, fez as primeiras cirurgias.
Segundo apurado pelo g1, ela recebe da família uma mesada de R$ 40 mil. Atualmente, a influenciadora dizia no Instagram que fala sobre saúde mental, lifestyle e viagens.
A prisão
Vitória e o modelo Gabriel Meneses foram presos na terça-feira (25) por suspeita de tortura e roubo de mais de R$ 40 mil de um homem depois de um encontro marcado por um aplicativo no apartamento dela em Moema, Zona Sul de São Paulo, em 18 de maio.
Durante o cumprimento de oito mandados de busca e apreensão e das prisões temporárias, os policiais encontraram porções de maconha, haxixe, cocaína e dezenas de psicotrópicos que a polícia suspeita terem sido usados para também dopar a vítima.
No boletim de ocorrência, a polícia ressalta que os suspeitos guardavam essas substâncias na casa “com o propósito único e exclusivo de utilizarem na prática de roubo, na modalidade Boa Noite, Cinderela”, que é quando a vítima é drogada e roubada. O caso é investigado pelo 27º DP.
Fonte: G1