O número de casos de Covid cresceu em 21 estados brasileiros. Por isso, Ministério da Saúde, entidades médicas e especialistas recomendam reforço da vacinação e das medidas de prevenção.
O número de casos deu um salto. Segundo o consórcio de veículos de imprensa, a média móvel nos últimos sete dias foi de 9.128 novos casos, um aumento de 71% em relação a duas semanas. Na últimas 24 horas, o país registrou 5.583 novos diagnósticos de Covid.
O Ministério da Saúde emitiu um alerta para “o aumento do número de casos e a circulação de novas linhagens da variante Ômicron e informou que 21 unidades da federação registraram aumento no número de casos, com destaque para Maranhão, Sergipe, Rondônia, Rio de Janeiro, Paraíba, Goiás, Roraima, Amapá, Rio Grande do Norte e Distrito Federal.
O Ministério da Saúde disse que até agora não há informações que indiquem um aumento na gravidade da doença. Mas por causa do número de novos casos, voltou a recomendar que as pessoas lavem frequentemente as mãos com água e sabão ou álcool 70% e que usem máscaras em ambientes fechados e pouco ventilados, locais com aglomeração e unidades de saúde.
A recomendação é especialmente para imunossuprimidos, idosos, gestantes e pessoas com comorbidades.
O Ministério da Saúde também reforçou a importância do esquema vacinal completo, com especial atenção às duas doses de reforço para se proteger. Até agora, mais de 69 milhões de brasileiros ainda não tomaram a 1ª dose de reforço e quase 33 milhões já poderiam ter recebido a 2ª dose de reforço, mas ainda não foram ao posto de vacinação.
“Não pode relaxar porque na verdade essas novas variantes continuam surgindo. O que temos visto aqui nos EUA, é uma sobrecarga novamente no sistema de saúde, porque os casos estão aumentando de uma velocidade muito grande com essa nova variante, que ela escapa ainda mais imunidade natural, imunidade prévia e também tem uma transmissão muita acelerada. É importante estar protegido com a vacinação em dia e o uso de máscara em ambientes fechados”, aponta a vice-diretora do Sabin Institute, Denise Garrett.
Entidades médicas como a Sociedade Brasileira de Infectologia e a Associação Médica Brasileira também reforçaram a importância de se ampliar a cobertura vacinal, a adoção de medidas não farmacológicas como o uso de máscaras, a aquisição de doses suficientes para imunizar todas as crianças independente da presença de comorbidades e defendeu aprovação rápida e acesso às vacinas bivalentes de segunda geração, que são atualizadas para terem foco maior no combate à novas variantes do coronavírus, como a Ômicron e que estão atualmente em análise pela Anvisa.
O infectologista Marco Aurélio Sáfadi diz que essas vacinas de segunda geração já deveriam estar disponíveis, mas que isso não deve ser motivo para adiar a ida ao posto de saúde.
“Nesse momento em que ainda não temos disponível essas vacinas adaptadas, continua valendo a informação de que é importante nos mantermos vacinados e mesmo com as primeiras versões de vacinas, que são as que estão atualmente disponíveis. Ainda assim oferece-se uma proteção muito importante para as formas graves e para as complicações da doença”, explica.
A Anvisa não se manifestou sobre a análise das vacinas de segunda geração. Em nota, o Ministério da Saúde disse que acompanha com atenção os estudos e as inovações tecnológicas sobre a prevenção e o tratamento da Covid.
Fonte: G1.