O Ministério Público do Paraná, por meio da 2ª Promotoria de Justiça da comarca de Goioerê, ajuizou ação para impedir que o Ceebja Maria Antonieta Scarpari seja fechado.
A instituição oferta ensino fundamental e ensino médio, com especificidade e flexibilidade curricular. Os alunos são adolescentes, jovens, adultos e idosos que atrasaram seus estudos e buscam uma melhor formação escolar. O CEEBJA permite que os estudos sejam concluídos em prazo razoável.
O promotor de Justiça, Dr. Rogério Rudiniki Neto, visitou o CEEBJA e ouviu os alunos sobre a desativação da instituição
O Ministério Público argumenta na ação que o fechamento do CEEBJA – medida já anunciada pelo Núcleo Regional de Educação, alegando suposta ociosidade da instituição –, além de não atender o interesse da comunidade, promoverá retrocesso social, pois as alternativas oferecidas pelo Estado para o ensino de jovens e adultos não se mostram tão eficientes e atrativas.
POLÊMICA:
A divulgação da notícia de que o Colégio CEEBJA seria desativado levou o promotor de Justiça, Dr. Rogério Rudiniki Neto, a visitar a instituição, onde percorreu várias salas de aula, conversou com alunos e a direção, e recebeu pedidos para que não permitisse a desativação do CEEBJA.
Por sua vez, a chefe do NRE, Danielle Mellero, explicou que a decisão de encerrar o ensino para Educação de Jovens e Adultos no CEEBJA era uma determinação da SEED e que outras cidades, além de Goioerê, estavam passando pelo mesmo processo em locais com ociosidade de alunos.
Ela destacou que, dos 178 alunos matriculados, apenas 58% frequentam as aulas. Além disso, justificou que o CEEBJA não é uma modalidade de ensino, mas o nome do colégio que oferece exclusivamente o ensino para Educação de Jovens e Adultos (EJA). Esse mesmo tipo de ensino será oferecido pelo Colégio Duque de Caxias no período noturno a partir de 2024, escolhido pela SEED. Segundo Danielle, o Duque oferece no período noturno o EJA e visa atender o mesmo perfil de alunos que atualmente estudam no CEEBJA.
Apesar das explicações, o Ministério Público entrou com ação alegando que a desativação do colégio não atende ao interesse da comunidade, argumentando que “os alunos são adolescentes, jovens, adultos e idosos que atrasaram seus estudos e buscam uma melhor formação escolar. O CEEBJA permite que os estudos sejam concluídos em prazo razoável”.
