Uma ação civil pública foi ajuizada nesta quarta-feira (1º) pelo Ministério Público de Marechal Cândido Rondon contra a prefeitura local, exigindo que o comércio volte a fechar as portas, como medida preventiva à transmissão do coronavírus. A ação pede urgência e leva a assinatura dos promotores João Eduardo Antunes Mirais, Marcus Vinicius Ferraz Homem Xavier e Carlos Alberto Dias Torres.
Na ação, os promotores querem a suspensão dos efeitos do decreto 088 de 28 de março, em que foi liberado o funcionamento das empresas desde a data de ontem (31). Eles observam que já existem dois casos de Covid-19 em Marechal Cândido Rondon e sequer o município informou o número de testagem e o número de leitos disponíveis no caso de eventual surto repentino da doença.
Conforme os promotores, o potencial de infectados e transmissores do vírus é considerável e completamente desprezado pela Administração Municipal. Eles entendem que a medida adotada pelo prefeito Marcio Rauber de permitir a reabertura do comércio contraria a orientação do Governo do Paraná e da própria Amop, que mudou a sua orientação no início da semana.
O Ministério Público também aponta que o Município sequer elaborou Plano de Contingência específico para o funcionamento das atividades reabertas, mas apenas medidas aleatórias e sem nenhuma eficiência prática comprovada.
O Poder Judiciário local ainda não se manifestou sobre a ação.
A administração municipal de Marechal Cândido Rondon, que decidiu pela reabertura do comércio, após reunião na última segunda-feira (30) com o COE, Acimacar e vereadores, também ainda não se pronunciou a respeito. (toledonews)