Neste sábado, dia 30, ocorre uma manifestação contra o projeto que propõe o aumento do número de vereadores de 9 para 11 em Goioerê. O ato será realizado às 9h, na Praça da Igreja Matriz, com o objetivo de mobilizar a população e chamar atenção para o projeto que deverá ser votado na sessão ordinária da Câmara de Vereadores na próxima segunda-feira, dia 2.
A mobilização, intitulada “Pare! 11 Vereadores Não”, conta com o apoio de diversas entidades, como a Subseção da OAB de Goioerê, Observatório Social, Associação Comercial, Sindicato Rural, Sociedade Rural, os dois Rotarys Club, as três Lojas Maçônicas e outros setores organizados da sociedade civil.
Na última quinta-feira, uma reunião promovida pelo presidente da Subseção da OAB, Cleber Hilgert, reuniu lideranças que discutiram os impactos do projeto. O consenso entre os participantes foi de que, embora o aumento no número de cadeiras seja permitido pela lei, sua implementação seria considerada imoral, devido aos custos e à baixa justificativa prática.
Impactos financeiros e críticas ao projeto
Durante o debate, foi levantada a estimativa de que os dois novos vereadores custariam aos cofres públicos mais de R$ 1 milhão ao longo de quatro anos. Esse valor inclui salários e despesas com assessores, podendo aumentar significativamente ao se considerar encargos, diárias e possíveis adequações no plenário da Câmara Municipal.
Além disso, o argumento de que mais vereadores resultariam em maior captação de recursos para o município foi refutado. Segundo o grupo, muitos parlamentares não apresentaram projetos ou requerimentos no atual mandato, reforçando a necessidade de priorizar qualidade ao invés de quantidade no Legislativo.
“Não precisamos de mais vereadores, mas de vereadores mais qualificados”, declarou um participante da reunião.
Chamada à população
Os organizadores da manifestação pedem a presença da população na Câmara de Vereadores na segunda-feira, 2, para pressionar os vereadores a rejeitarem o projeto. Eles também sugerem que, em vez de ampliar o número de vereadores, a Câmara proponha ao Executivo que possam indicar onde os recursos excedentes do orçamento da Câmara que são devolvidos à serão aplicados.