Uma motorista de aplicativo, que não quis ser identificada, foi alvo da violência de um passageiro que se recusou a usar a máscara. O caso aconteceu em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba (PR).
Segundo a reportagem da RICtv, a mulher foi chamada para uma corrida e, ao chegar no local, viu que um homem e três crianças entre cinco e 10 anos estavam sem a proteção contra a Covid-19. Ela, então, questionou: “o senhor sabe que tem que marcar com máscara né?”. Ele respondeu: “eu tô sem máscara, mas você leva a ferro e fogo esse negócio de máscara?”. A trabalhadora rebateu: “não sou eu que levo a ferro e fogo, é o decreto estadual e o acordo que eu tenho com todos os aplicativos, que exigem o uso. Eu tenho máscaras, posso emprestar pro senhor”.
O passageiro não quis usar o equipamento e desceu do veículo. A motorista aguardou a corrida ser cancelada e foi até um posto da região para abastecer o carro. Ao chegar na bomba, o mesmo homem estava lá. Ao lado de outras pessoas, ele a ofendeu.
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“Ele começou a me insultar verbalmente falando para o frentista: ‘pois é, eu acabei de encontrar uma motorista de aplicativo, uma esc****, que não deixa as pessoas entrarem sem máscara dentro do carro’. Foi tanta baixaria que eu desci e falei ‘rapaz, eu tenho idade para ser sua mãe, me respeita, eu não estou dando rolê de carro’”, relatou ao Balanço Geral Curitiba.
A mulher teria sido agredida com um chute na perna e, para se defender usou um cabo de guarda-chuva na tentativa de afastar o suspeito do veículo. “Ele entortou aquilo, o vidro do carro estava meio erguido e ele falou assim ‘isso vai te ensinar a ser mais humilde e embarcar os passageiros sem máscara’ e meteu o cotovelo no vidro do carro”, contou.
Pessoas que estavam na região teriam sido chamadas por ele e ignoraram as cenas de violência, de acordo com a reportagem. Oito motoristas de app foram até o local para tentar ajudar a vítima e seguiram o grupo que fugiu na sequência.
A motorista, que está sem trabalhar e abalada com a situação, registrou um boletim de ocorrência e espera que o agressor seja punido.
“Eu saio da minha casa todos os dias para trabalhar. Não tem Natal, Ano Novo, não tem sábado, domingo, feriado. O aplicativo se recusa a dar os dados do passageiro. Para eu conseguir, tenho que entrar com uma ação judicial. Eu não pude ir atrás do meu sustento, estou com o prejuízo do vidro e pedi ajuda para outros motoristas para consertar. É uma sensação de impotência”, lamentou.
Fonte: RICMAIS