Um motoristas de aplicativo de transporte urbano está sendo denunciado por passageiras que teriam sofrido tentativas de dopagem durante corridas em Curitiba. Segundo informações do portal Banda B, as vítimas relataram, nesta segunda-feira (19), que o suspeito utilizava balas e chicletes que possivelmente seriam “batizados”.
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A vítima explicou que solicitou a corrida via aplicativo após sair do trabalho e já de início desconfiou da situação após ser observada intensamente pelo suspeito, que lhe ofereceu o doce.
“Eu já achei meio estranho. Ele começou a conversar comigo. Super educado, simpático, solícito, até que me ofereceu uma bala de goma, que fiquei segurando na minha mão. Então ele perguntou se iria comer a bala que havia me dado. Disse ‘obrigada’, mas que não iria porque não estava com fome”, explicou a mulher, que preferiu não se identificar.
Após a abordagem inicial, o suspeito continuou a observar pelo espelho retrovisor, o que forçou a passageira a “fingir” que comeu a bala, quando na verdade a escondeu junto ao peito.
Durante o trajeto, o suspeito continuou a puxar assunto com a vítima, falando novamente sobre doces e até oferecendo uma nova bala à passageira.
Peguei a bala, mas fiquei com ela na mão esquerda, com a bala de goma. O motorista percebeu e falou: ‘você não vai comer? Nossa, qual é o problema? Vocês não gostam de bala por aqui? Eu já ofereci para outra pessoa e ela não quis. Então, disse que ‘não gostava de comer doces’, afirmou.
INSISTÊNCIA E DESCONFIANÇA
Após várias tentativas para que a mulher comesse os doces, o condutor ainda ofereceu um gole de refrigerante à mulher, que novamente recusou. A insistência, segundo ela, foi o que mais levantou sua desconfiança de que alto estava errado na situação.
Em determinado ponto, a vítima ainda conseguiu entrar em contato com seu marido, informando a situação e afirmando estar preocupada. Além de tudo a passageira disse que o motorista não parava de fazer questionamentos bastante invasivos.
“BOA NOITE CINDERELA”
O marido da passageira, ciente da situação, foi prontamente até a residência da família para receber a esposa na porta de casa. Após pagar pela corrida, a vítima conferiu o doce oferecido pelo suspeito, e, segundo relato, estava claramente violado com alguma substância.
“Peguei, abri e falei para o meu marido. Era nítido que havia algo na bala. Tenho uma filha de 16 anos, que sempre usa este serviço, e fiquei pensando quantas mulheres, meninas, já passaram por este risco. (…) Fiquei insegura até de vir na delegacia, hoje em dia não temos mais segurança de ir para casa. Mas meu marido me levou até um módulo policial e, após o questionarmos o que poderia ser feito, o agente disse que provavelmente se tratava de um ‘boa noite Cinderela’ e que eu deveria fazer um BO para denunciá-lo.”.
Pensando na segurança de outras mulheres, a passageira fez uma live através das redes sociais da filha, de 16 anos, onde denunciava o caso. Uma outra jovem que pegou uma corrida com o mesmo motorista, ciente da live, enviou uma mensagem às duas, denunciando que a mesma situação ocorreu com ela.
O marido da mulher afirma que chegou a tocar dos doces e colocar o dedo na língua, que se adormeceu com a suposta droga. A Polícia Civil foi contatada sobre o caso e iniciou uma investigação para apurar o ocorrido.
Obemdito / (Redação, com informações Banda B)