O Ministério Público Eleitoral do Paraná entreou com representação segunda-feira (7) pedindo a cassação do diploma do deputado estadual Delegado Francischini (PSL) pela suspeita de captação e gasto ilícito de recursos durante a campanha em 2018. Ele foi o deputado estadual mais votado da história do Paraná, com 427.749 votos.
Na representação, assinada pela procuradora-regional eleitoral Eloisa Helena Machado, o MPE afirma que o julgamento das contas da campanha dele, feito pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), constatou graves irregularidades, “se posicionando pela desaprovação das contas do deputado eleito”.
Conforme o MPE, foi verificado na análise das contas de Francischini a existência de gastos de campanha não quitados, entre os quais jantares promovidos em um restaurante de Curitiba, no valor de R$ 74.290.
A procuradora explica que as reformas na legislação eleitoral, em 2006, suprimiram “a produção ou o patrocínio de espetáculos ou eventos promocionais de candidatura” e a “confecção, aquisição e distribuição de camisetas, chaveiros e outros brindes de campanha” do rol de gastos eleitorais considerados lícitos.
Em nota publicada no Facebook, o deputado disse que representação é “um verdadeiro abuso de poder” por ele ter denunciado suspeitas de irregularidades graves apontadas por eleitores nas urnas eletrônicas.