Um casal de Belo Horizonte que recebeu três doses de vacina contra a Covid-19, – a terceira delas em uma cidade do interior – virou alvo do MPMG (Ministério Público de Minas Gerais). O órgão ajuizou uma ação que pede o valor de R$ 2 milhões para reparação por dano moral social e coletivo.
Segundo a Promotoria de Justiça, os denunciados moram em Belo Horizonte, onde receberam as duas doses de Coronavac, e também possuem uma fazenda em Rio Novo, onde foram revacinados. O município da Zona da Mata, com 8.712 mil habitantes, recebeu, até o dia 7 de julho, 5.663 doses de vacinas, o suficiente para imunizar menos da metade de sua população.
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“Tal conduta por parte dos demandados poderá comprometer o Plano Municipal de Vacinação, com indivíduos já vacinados desviando doses que deveriam ser direcionadas ao restante da população ainda não agraciada pelo imunobiológico”, diz a ação.
As investigações tiveram início depois de uma denúncia anônima à Ouvidoria do MPMG. O cruzamento de dados das secretarias municipais de Saúde de Belo Horizonte e Rio Novo comprovou que o casal tomou as três doses de imunizantes de forma fraudulenta.
Sendo assim, a Justiça já concedeu antecipação de tutela para impedir que eles tomem a segunda dose da Pfizer ou a primeira de algum outro imunizante, sob pena de multa de R$ 1 milhão. O MPMG pede também pagamento de R$ 500 mil por dano moral coletivo e R$ 500 mil por dano social a cada um dos denunciados.
Conduta já é conhecida
Infelizmente, essa não é a primeira vez que alguém burla o sistema de vacinação para se imunizar de forma desnecessária, desrespeitando quem ainda não foi contemplado. Na região metropolitana de São Paulo, uma veterinária afirmou em rede social ter recebido doses de vacinas contra a Covid-19 de diferentes fabricantes
“Sei que nenhuma vacina é totalmente segura, pois não houve tempo para a realização dos testes! Mas como no início do ano tomei a vachina, estava bastt incomodada com isso! Esperei o tempo necessário –3 meses– e hoje consegui tomar a da Janssen! Agora me sinto mais protegida, é dose única e estou liberada para viajar”, diz a mulher na publicação.
É importante lembrar que todas as vacinas contra a Covid-19 em uso no Brasil são seguras e tiveram os dados de seus estudos revisados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Apesar do rápido desenvolvimento, em função do caráter emergencial de aplicação, nenhum desses imunizantes pulou etapas de testes pré-clínicos ou clínicos.
Fonte: BHAZ