A noite de segunda-feira, 22, foi de emoção e surpresas para as 50 famílias que moram na rua Umuarama e Araruna, no bairro Santa Casa, cujas casas foram construídas há 35 anos e ficaram conhecidas como casas da Abeg.
Em uma parceria entre a Prefeitura e a empresa ADEHASC, que no período de um ano e três meses trabalharam para que todas as famílias pudessem receber a escritura das casas, 50 famílias foram contempladas com a documentação. O secretário de Administração, Gerson de Brito, anunciou que as 24 famílias que não acreditaram que a regularização fundiária iria acontecer, terão mais uma chance de entregar a documentação para a empresa em uma reunião que acontecerá no dia 20 de maio.
Foram 35 anos esperando pelo documento que comprova que os moradores são os donos das casas, afirmou o secretário Gerson, que anunciou em nome do prefeito Betinho Lima, que estava em compromisso em Curitiba, que em breve as duas ruas que passam pelas casas da Abeg receberão asfalto.
O empresário Djalma Moreli, da empresa ADEHASC, entregou um certificado para a atual gestão municipal, pelo comprometimento com o projeto de regularização fundiária. “Essa é a verdadeira função do poder público, garantir o que é direito de vocês”, disse às famílias presentes, ressaltando que “vocês eram posseiros, mas a partir de hoje são legítimos proprietários de suas casas”.
Dentre os moradores que receberam a escritura estava o casal Marilza Matilde e Valdomiro Domingos, que foi o primeiro casal a ocupar a casa construída no mutirão social que aconteceu há 35 anos, onde a família Scarpari doou o terreno para assentar as dezenas de famílias.
“Entramos na casa número 35, rua Umuarama, que ganhamos quando fomos retirados da casa onde morávamos às margens do Arroio Schmidt”, lembra Marilza, explicando que muitas vezes pensou em sair de lá devido ao sofrimento com a poeira que não deixa a casa limpa, mas que agora, com o asfalto, não pensa mais nisso. O marido, Valdomiro, estava eufórico com a escritura da casa e a notícia do asfalto que será construído em sua rua. “Sempre acreditei no prefeito Betinho. Ele disse que iria entregar a escritura da nossa casa e fazer o asfalto”, disse, frisando que “é muita alegria para um dia”.
Outro casal que também está desde o início no conjunto de casas da Abeg é Juvenal e Sandra Aparecida da Conceição. São 35 anos e em nenhum deles acreditavam que um dia teriam a escritura de sua casa. “Foram muitas promessas”. Ela lembra que ajudou a construir a casa e o marido fez a fossa da casa, e emocionada afirmou que “quero morrer na minha casa e deixar um bem para os filhos” e finalizou afirmando que é uma alegria muito grande, um sonho realizado”.