Publicidade
Publicidade

Notícias / Geral Mulheres do Oeste se unem para produzir café especial

terça-feira, 16 junho de 2020.

Produtoras aprendem práticas de cultivo e colheita, torra ideal, técnicas de comercialização e criação de marca própria. Elas contam com o apoio de técnicos do IDR-Paraná e do Grupo Feminino da Copacol.

Com apoio do Grupo Feminino da Copacol e do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná, o grupo de mulheres do Oeste do Paraná estão produzindo café de alta qualidade

Há cerca de três anos, um grupo de mulheres dos municípios de Jesuítas, Iracema do Oeste e Formosa do Oeste foi estimulado e abraçou o compromisso de reavivar a produção de café na região. Não qualquer café, mas um especial que fizesse a diferença nas mesas das pessoas.

O projeto produz café de alta qualidade

Para isso, as mulheres contam com o apoio de técnicos do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná) e da Copacol. Em reuniões aprendem práticas para todas as fases da cultura, desde o cuidado com o solo e produção de muda até a comercialização, o que possibilita aumento da rentabilidade e aprimoramento da qualidade.

O Grupo Feminino da Copacol é dos mais destacados. Na foto em recente Café Colonial realizado na Associação da Copacol em Cafelândia

O estímulo foi dado pelo técnico do IDR-Paraná em Jesuítas, Roberto Natal Dal Molin. Segundo ele, os altos custos e as dificuldades com mão de obra são entraves para que a cafeicultura volte com a mesma força de outrora nas terras tomadas hoje por soja e milho. “Mas sempre acreditamos no potencial da região para produzir cafés diferenciados, com valor agregado”, disse.

Em 2018, em contato com o Grupo Feminino da Copacol, o assunto ganhou força, motivado também pelo exemplo de grupos que se formavam no Paraná, como o Mulheres do Café do Norte Pioneiro. Um minilote de duas sacas foi trabalhado no mesmo ano na propriedade de uma das participantes e representou a região no concurso Café Qualidade Paraná, ficando entre os 10 melhores.

APRENDIZADO  O grupo, de sete mulheres, foi incentivado a fazer plantios em suas propriedades e acompanhar o desenvolvimento. A produtora Adriana Maria de Oliveira, de Iracema do Oeste, é uma das que aderiram no projeto. Sua família tem experiência com o café, mas abandonou o cultivo em favor da soja. Segundo ela, o produto não era valorizado e a mão de obra, muito cara.

Há um ano, parte do mesmo terreno recebeu duas mil mudas, com previsão de aumento. “Tem sido um aprendizado muito gostoso ver o café de outra maneira, dar valor para a cultura”, afirmou a produtora. “Antes a gente ia na cooperativa, entregava e ficava por isso mesmo, agora a gente está conhecendo a bebida, os tipos de bebidas especiais.”

Adriana tem três filhos, um deles não está mais na propriedade. “A gente está querendo que os outros dois fiquem”, disse. Para isso, acredita que o café será grande atrativo. “A gente está querendo que eles também tenham esse amor pelo café porque a gente foi criado no café, a gente sabe como é o café.”

VALOR – De acordo com Dal Molin, o café especial, colhido seletivamente, possibilita importante adicional de ganho. Enquanto o produto beneficiado é vendido por cerca de R$ 7 o quilo, o selecionado encontra compradores dispostos a pagar até R$ 30.

Além da melhoria na produção e na qualidade, o grupo de cafeicultoras do Oeste já coloca em prática a verticalização da atividade, isto é, investe no beneficiamento. Elas aprendem a torra ideal e discutem a melhor forma de vender o produto. Até uma marca começou a ser construída: “Café na Lata, Mulheres do Café de Jesuítas.”

Por meio de parceria, são elas as fornecedoras do café na Sicredi Nossa Terra. Mas outros pontos passarão a ser explorados, exigindo aumento na escala de produção que, este ano, está em cerca de 60 quilos por mês. O técnico do IDR-Paraná espera que seja mais um incentivo para o engajamento de novas cafeicultoras.

CONCURSO – Com o espírito do cooperativismo sempre presente, o grupo tem se reunido para a colheita seletiva do café que vai representar a região no Concurso Estadual Café Qualidade Paraná, com inscrições abertas até 2 de outubro. Depois, o lote será industrializado e oferecido aos apreciadores como um café exclusivo e limitado.

A propriedade que serve como unidade de referência para a escola pertence ao casal de produtores Celina e Gilberto de Oliveira. “Fomos para a roça, estamos colhendo o café cereja, bem vermelhinho, estamos secando de uma forma toda especial para ter uma bebida especial”, disse Adriana. “Tem sido muito gratificante.”

Publicidade
domsegterquaquisexsáb
     12
31      
    123
2526272829  
       
28293031   
       
     12
31      
   1234
2627282930  
       
293031    
       
     12
       
      1
3031     
      1
30      
   1234
262728    
       
  12345
2728     
       
28      
       
      1
       
     12
2425262728  
       
      1
3031     
     12
24252627282930
       
  12345
2728293031  
       
2930     
       
    123
25262728293031
       
    123
18192021222324
25262728   
       
 123456
78910111213
21222324252627
28293031   
       
     12
10111213141516
17181920212223
24252627282930
31      
   1234
567891011
12131415161718
19202122232425
2627282930  
       
1234567
891011121314
15161718192021
22232425262728
293031    
       
     12
3456789
10111213141516
17181920212223
24252627282930
       
  12345
6789101112
13141516171819
20212223242526
2728293031  
       
      1
9101112131415
23242526272829
3031     
    123
252627282930 
       
 123456
14151617181920
21222324252627
28293031   
       
      1
9101112131415
16171819202122
23242526272829
30      
   1234
567891011
       
   1234
12131415161718
19202122232425
262728    
       
293031    
       
    123
11121314151617
       
  12345
13141516171819
27282930   
       
      1
23242526272829
3031     
    123
18192021222324
252627282930 
       
28293031   
       
   1234
567891011
       
     12
3456789
17181920212223