O ministro da Saúde, Nelson Teich, pediu exoneração nesta sexta-feira (15/05) do governo de Jair Bolsonaro (sem partido). A informação foi anunciada nesta manhã pela assessoria de imprensa do Ministério da Saúde. Uma coletiva está marcada para a tarde. A saída acontece quando o Brasil passa de mais de 14 mil mortes por covid-19.
Teich assumiu o Ministério da Saúde no último dia 17, ou seja, há menos de um mês. Ele foi levado ao cargo logo após a demissão de Luiz Henrique Mandetta da pasta.
Após desencontros com Mandetta, o presidente colocou Teich no cargo. Bolsonaro sempre defendeu a retomada das atividades econômicas no país e o isolamento vertical.
Ao assumir o post, Teich manteve posicionamento adotado por Mandetta ao defender o isolamento horizontal no país para conter o avanço do coronavírus.
Teich também divergia do presidente quanto ao uso da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19. Bolsonaro afirmou a jornalistas, nesta semana, que era ele quem resolveria a questão e avisou nesta sexta-feira que o protocolo sobre o medicamento seria alterado.
Na última segunda-feira (11/05), também, Teich soube por meio de jornalistas que Bolsonaro havia feito um decreto para incluir salões de beleza, academias e barbearias como serviços essenciais.
Surpreso, o agora ex-ministro precisou confirmar a informação com a assessoria para depois reconhecer que não fora consultado sobre o assunto e emendar que esse tipo de decisão não era de competência do Ministério da Saúde.