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Notícias / Geral Nova espécie de pterossauro é descoberto em Cruzeiro do Oeste

segunda-feira, 26 agosto de 2019.

     Mais um pterossauro é descoberto em Cruzeiro do Oeste. É o ‘Keresdrakon vilsoni’, a quarta descoberta no sítio arqueológico em oito anos. O réptil voador viveu há 80 milhões de anos. A pesquisa foi realizada por diversas instituições brasileira e uma espanhola.

     Quando viva, a mais nova descoberta da paleontologia brasileira tinha 2,50 metros de envergadura. O peso variava entre 15 e 20 quilos. A espessura dos ossos era bem fina, de 1,5 milímetros. O animal leve voava: era o pterossauro ‘Keresdrakon vilsoni’, que viveu há pelo menos 80 milhões de anos em Cruzeiro do Oeste.

Crânio de pteurossauro Keresdrakon vilsoni Foto: Universidade do Contestado/Divulgação

     Essas informações constam em artigo publicado na revista da Academia Brasileira de Ciências no dia 20 deste mês. O trabalho foi uma realização conjunta entre pesquisadores da Universidade do Contestado, de Santa Catarina, o Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a Universidade Federal de Pernambuco, a Universidade Paranaense, a Universidade Estadual de Ponta Grossa, do Paraná, a Universidade Federal do Cariri, do Ceará, e a Universidade Autônoma de Barcelona, da Espanha.

     O fóssil do réptil foi encontrado em blocos de escavação no sítio arqueológico de Cruzeiro do Oeste. O material começou a ser analisado em 2012.

     O nome ‘Keresdrakon’ significa, em grego, ‘dragão espírito da morte’; ‘vilsoni’ foi dado em homenagem a Vilson Greinert, um voluntário que auxiliou os trabalhos envolvendo fósseis de pterossauros na Universidade do Contestado.

     Esse novo réptil de milhões de anos atrás é o quarto encontrado em oito anos em Cruzeiro do Oeste, desde quando o local que hoje é um sítio arqueológico começou a ser escavado. A primeira descoberta, divulgada em 2014, foi a de um fóssil também de pterossauro, mas de espécie diferente: o ‘Caiuajara dobruskii’.

Amostra de rocha retirada durante escavação. À direita (a), um esqueleto parcial do pterossauro Caiuajara dobruskii. À esquerda (b), da nova espécie Keresdrakon vilsoni Foto: Universidade do Contestado/Divulgação

     Mais recentemente, antes do ‘Keresdrakon’, outra descoberta havia agitado a comunidade científica. Em junho deste ano foi divulgada a pesquisa sobre o ‘Vespersaurus paranaensis’, o primeiro dinossauro encontrado no estado, também em Cruzeiro do oeste.

     O professor Alexander Kellner, coordenador do Museu Nacional da UFRJ, um dos responsáveis pelo estudo sobre o pterossauro, comemorou o resultado da pesquisa. O trabalho aponta que o ‘Keresdrakon’ deveria se alimentar do ‘Caiuajara’, que era um réptil menor. E, mais que isso, indica que os pterossauros e o dinossauro ‘Verpersaurus’ dividiam o mesmo território, afirmou Kellner.

     Quem coordenou o estudo foi professor Luiz Carlos Weinschütz, do Centro Paleontológico da Universidade do Contestado, em Mafra, cidade que fica a 300 quilômetros da capital Florianópolis, em Santa Catarina. Segundo ele, o fato de ter havido o contato de pelo menos duas espécies de pterossauros e uma de dinossauro na mesma região é algo que deve chamar a atenção da comunidade cientifica internacional.

     Cruzeiro do Oeste é um município no norte do Paraná, a 500 quilômetros de distância da capital Curitiba. A cidade tem 20 mil habitantes. O local em que os fósseis foram encontrados atualmente é um sítio arqueológico sob a coordenação de Museu Paleontológico da cidade, criado em julho deste ano. Os primeiros materiais localizados nesse sítio são dos anos 1970, mas só começaram ser estudados a partir de 2011.

Pesquisadores durante escavação em busca do psterossauro Foto: Universidade do Contestado/Divulgação

     A coordenadora do museu, Neurides Martins, explicou que o sítio tem 400 metros quadrados, mas até o momento só 20 metros quadrados foram escavados. Ou seja: há muito a ser descoberto, disse.

     Pesquisadores de outros países agora têm visitado o pequeno município. Além dos fósseis de dois pterossauros e do dinossauro encontrados em Cruzeiro do Oeste, materiais de um lagarto de 80 milhões de anos atrás foram descobertos e divulgados para a comunidade científica em 2015. (CBN Maringá)

 

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