Oito funcionários da Vale foram presos na manhã desta sexta-feira (15/2) em operação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). As polícias Civil e Militar cumpriram 14 mandados de busca e apreensão e oito de prisão em endereços de Belo Horizonte, de São Paulo e do Rio de Janeiro.
Um dos detidos, o funcionário da mineradora Alexandre de Paula Campanha foi citado em depoimento dos engenheiros da empresa alemã TÜV SÜD, que tem contratos com a Vale. Ele teria pressionado os profissionais para assinar o laudo que atestava a estabilidade da barragem de Brumadinho (MG), sob a alegação de que poderiam perder a negociação, segundo a TV Globo.
Em nota, o Ministério Público explicou que o objetivo da operação feita nesta sexta-feira é “apurar responsabilidade criminal pelo rompimento de barragens existentes na Mina Córrego do Feijão”. Entre os presos, estão quatro gerentes e trabalhadores de equipes técnicas da mineradora. Todos eles tinham funções ligadas à estrutura que estourou.
Prisão
Em 29 de janeiro, engenheiros da empresa alemã e funcionários da Vale tiveram a prisão decretada. Eles foram acusados de crime ambiental, falsidade ideológica e homicídio qualificado.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ), no entanto, concedeu habeas corpus a eles no dia 5 de fevereiro. Os cinco detidos deixaram a penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, em 7 de fevereiro.
As prisões aconteceram em decorrência de uma força-tarefa criada pelo MPMG para apurar a tragédia em Brumadinho.