O Ministério Público do Paraná (MP-PR), por meio do Núcleo de Umuarama do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), cumpriu na manhã desta quarta-feira (10) três mandados de busca e apreensão e determinou o afastamento de função pública de um médico ortopedista, no âmbito da Operação Fratura Exposta.
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A investigação apura que o profissional teria delegado a médicos residentes a realização de cirurgias pagas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), enquanto ele atendia pacientes particulares em seu consultório, recebendo por procedimentos particulares sem cumprir suas obrigações no serviço público.
Os mandados, expedidos pela 2ª Vara Criminal de Umuarama, foram cumpridos na residência do médico, em um hospital e em uma clínica particular. Durante a operação, foram apreendidos celulares e outros materiais que serão periciados e poderão servir como provas.
Segundo o MP-PR, caso as condutas sejam confirmadas, configuram crime. Além do enriquecimento ilícito do médico, a prática prejudicava os pacientes do SUS, que eram atendidos apenas por residentes sem a supervisão de um especialista, contrariando as exigências do programa de residência médica.
Além disso, os residentes eram prejudicados em sua formação, recebendo apenas a bolsa-auxílio regular e sem orientação adequada durante os procedimentos, sendo expostos a práticas, em tese, antiéticas e criminosas.
O promotor de Justiça Guilherme Franchi da Silva Santos acompanhou a operação e detalhou as medidas à imprensa.