França, Reino Unido, Espanha e Dinamarca decretaram o “fim da pandemia” em seus territórios após baixa na onda da variante Ômicron, mas anúncio deve ser recebido com cautela
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Nas últimas semanas, os países França, Espanha, Dinamarca e Reino Unido anunciaram que devem passar a tratar a covid-19 como uma endemia em seus respectivos territórios. Os anúncios abrem espaço para debates sobre “o fim da pandemia” e se a população mundial terá que aprender a conviver com o vírus, mas devem ser recebidos com cautela.
Na Europa, a onda causada pela Ômicron já pode ser vista diminuindo e a própria OMS considera ‘plausível’ que a imunidade recebida pela cepa ajude o território a chegar ao fim da pandemia. De acordo com uma contagem da AFP baseada em números oficiais, a região está prestes a atingir 150 milhões de infecções desde o início da pandemia.
“À medida que a imunidade aumenta na população – e com a Ômicron, haverá muita imunidade natural além da vacinação – avançaremos rapidamente para um cenário mais próximo da endemicidade”, disse Marco Cavaleri, chefe da estratégia de vacinas da EMA, com sede em Amsterdam.
Porém, algumas semanas atrás, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, reforçou seu posicionamento sobre a variante não ser benigna e que a falta de vacinação em alguns países ainda é um problema.
“As pessoas correm mais risco de sofrer de formas graves da doença ou de morrer se não forem vacinadas. A Ômicron pode ser menos grave em média, mas a narrativa de que é uma doença leve é enganosa, prejudica a resposta geral e custa mais vidas”, disse.
Já o Brasil não deve tratar a covid como uma endemia por enquanto. Atualmente, o país enfrenta uma alta de casos e mortes por conta da variante Ômicron, com 26 milhões de infecções confirmadas no total e 632.193 vítimas. Além disso, a vacinação de crianças começou há relativamente pouco tempo e somente 23% da população tomou a dose de reforço. (Fonte: Exame)