Um levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) indicou que o Paraná é um dos estados com maior incidência de casos de síndrome respiratória aguda grave. Pela quarta semana seguida, Curitiba é a capital com mais casos por habitante no país.
O boletim Infogripe analisou dados de 15 a 21 de maio e engloba dados sobre pessoas que podem estar contaminadas com Covid-19, influenza ou outros vírus de resfriado.
São contabilizados pacientes que precisaram de hospitalização ou que morreram depois de apresentar sintomas como febre, tosse, dor de garganta e dificuldade respiratória. casos de covid-19 também entram no levantamento.
Mapa elaborado pela fundação destaca a maior parte do território do Paraná como região com nível “muito alto” de casos.
Os números mostram a curva de crescimento da síndrome respiratória nos últimos meses no Paraná. São mais de seis casos para cada grupo de 100 mil habitantes, a maior incidência entre os estados da região Sul do país.
De abril pra cá, o número de casos entre adultos aumentou 130% no estado, taxa acima da média nacional, de 82%.
Para o pesquisador responsável pelo levantamento na Fiocruz, Marcelo Gomes, é difícil encontrar um único motivo que explique o panorama de casos no paraná. Ele pondera que a alta de casos pode indicar um maior rigor na notificação, mas que ainda assim, os números preocupam.
CLIQUE AQUI E RECEBA AS NOTÍCIAS EM PRIMEIRA MÃO
Ainda segundo o boletim, de março pra cá, o número de casos saltou quase seis vezes na capital:
- Boletim entre 13 e 19 de março: 36 registros
- Boletim entre 15 e 21 de maio: 211 registros
A secretária de Saúde de Curitiba, Beatriz Battistella, destaca que além da Covid, há outros vírus de doenças respiratórias circulando na cidade.
Porém, o número de pacientes internados com o novo coronavírus na capital é bem menor do que o de outras síndromes respiratórias, afirma a secretária.
Desde o fim de abril, Curitiba reorganizou o sistema de saúde para atender o aumento da demanda. Durante a semana, as unidades de saúde suspenderam agendamentos para dar prioridade a pacientes com sintomas respiratórios.