O boletim da dengue divulgado pela Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa), ontem, confirma que o Estado passa agora para o patamar de epidemia com 44.441 casos confirmados da doença e 113.488 casos notificados. O aumento semanal nos dois indicadores é de 27,32% e de 18,3%, respectivamente.
Além de entrar em epidemia, o Paraná pode ver o recorde de casos da doença bater recorde no ano epidemiológico de 2019/2020. Até então o ano com mais casos foi o de 2015/2016, com pouco mais de 56 mil casos e 63 mortes. O ano epidemiológico vai de agosto de um ano até julho do ano seguinte, ou seja, ainda faltam praticamente cinco meses para este período terminar.
Outro dado que mostra a gravidade da situação atual é que, na mesma data do ano 2015/2016, eram registrados 8.728 casos de dengue no Paraná. O número é do boletim do dia 1º de março de 2016.
Os óbitos por dengue também aumentaram nesta semana; de 23 para 30. São 7 novos óbitos confirmados que atingem pessoas de várias faixas etárias: uma adolescente de 14 anos, de Marechal Cândido Rondon, portadora de doença autoimune; um homem de 33 anos, de Guaíra, sem comorbidades; uma mulher de 45 anos, de Medianeira, com obesidade e artrose; outra mulher de 45 anos, de Alto Paraná, com hipertensão e lúpus; uma mulher de 66 anos, de Barbosa Ferraz, com diabetes, hipertensão e doença cardíaca; um homem de 72 anos, de Maringá, com doença renal crônica e um homem de 95 anos, de Colorado, com hipertensão arterial.
Incidência é quatro vezes mais que em 2015/2016
A situação de epidemia no Paraná é confirmada pela incidência que é hoje de 336,21 por 100 mil habitantes. A incidência, no mesmo período, entre 2015/2016 era de 82,9 por 100 mil habitantes.
No total, 106 municípios estão em epidemia, 15 a mais que na semana anterior. Estão em situação de alerta para a dengue 47 municípios, 14 entraram para esta relação a partir da publicação do boletim de hoje.
Nesta semana a Sesa está fazendo a distribuição para os municípios de unidades de larvicida (pyriproxyfen), produto usado por agentes de vigilância na remoção de criadouros. A larvicida foi enviado pelo Ministério da Saúde e os municípios receberão de acordo com a necessidade apontada pelo registro de casos e atividades programadas.