O pastor Ito Ferreira dos Santos, 46 anos, foi preso pela Polícia Civil, esta semana. Ele é acusado de estuprar as próprias filhas e mais uma amiga delas, há algun anos, todas menores de 14 anos na época dos crimes. O processo já tramitou na Justiça e ele foi condenado a 36 anos de prisão em regime fechado. Ele já vivia uma nova vida, com outro nome e outra esposa, na região metropolitana de Curitiba, quando foi localizado e preso.
Ito tinha sete filhos com a primeira esposa. Dos sete, ele abusou de duas filhas e de mais uma amiga delas. Conforme a polícia, ele passava mão nos seios e nas partes íntimas por cima e por baixo da roupa das jovens. As beijava e esfregava o órgão genital pelo corpo delas. Com a terceira vítima, chegou a ter a conjunção carnal. Porém sempre pressionava as meninas a ficarem caladas.
Um dia, a mãe começou a desconfiar porque ele queria ficar só com as meninas. Perguntava para elas o que estava acontecendo, mas elas diziam que não podiam contar os segredos que tinham com o pai. Isso gerou a sepraração do casal. Porém Ito continuava assediando as crianças. Quando a mulher ia trabalhar, ele ia até a casa dela e abusava das meninas, sem a mãe saber.

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A mãe vivia questionando as filhas sobre os fatos, até que elas finalmente decidiram contar. A mulher registrou um boletim de ocorrência e aí vieram as ameaças. Ito dizia a ex-mulher que se ela não retirasse a queixa, ele mataria ela e se mataria depois. Quando a mulher disse que não ia retirar nada, Ito desapareceu e ninguém sabia do paradeiro dele.
Hoje em dia, as meninas já são adultas. Mas quando o crime ocorreu, eram menores de 14 anos. E os abusos foram praticados ao longo de pelo menos cinco anos.

Nova vida
Ito mudou-se para São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, onde constituiu nova esposa. Na garagem de casa, montou uma pequena igreja e vivia postando vídeos nas redes sociais, louvando a Deus e valorizando a família. Ele passou a usar o nome falso de “Ilton” e a atual esposa não fazia ideia disto. Demorou muitos anos para ela descobrir o nome real. Isto aconteceu no dia que ele esqueceu o documento de identidade em casa e ela viu no RG o nome Ito. Logo em seguida a isso, a polícia bateu na porta da casa e prendeu o abusador.
Fazia dois meses que a polícia tinha localizado o criminoso e estava monitorando, para confirmar a identidade do foragido antes de prendê-lo.

A atual mulher disse que apesar de ainda amá-lo, não vai perdoar. Vai apenas ajudá-lo a achar um advogado e nada mais, pois não aceita que ele faça isto com ninguém. “Isso é crime”, resumiu ela.