Foto: Pedro Marconi/RICtv
Uma empresa de leilões de Ibaiti, no norte do Paraná, é acusada de promover leilões de gados e não repassar o dinheiro aos vendedores. Em diversos leilões realizados pela Leilonorte Ibaiti, em 2022, os valores não chegaram às contas. O prejuízo é estimado em R$ 2 milhões.
José Ferreira, pecuarista que atua no ramo há 30 anos, relata que recebeu dois cheques pelos animais vendidos. Somados, resultam em R$ 100 mil. Ao chegar no banco para realizar o depósito, foi avisado que eram “sem fundo”. Ou seja, a conta do titular não tinha dinheiro suficiente para o pagamento.
A situação se repetiu com Volmar Marodini, também pecuarista. Ele explica que para que os animais fossem leiloados foi necessário pagar uma comissão. Os vencedores dos lances realizaram o pagamento à empresa, que faria o repasse. “Só que esse pagamento não chegava nas nossas mãos”, conta Marodini, que perdeu R$ 350 mil.
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Os responsáveis pela Leilonorte Ibaiti são pai e filha. A mulher teria trocado os cheques das vítimas com agiotas. “O agiota comprou o cheque da leiloeira e repassou o dinheiro em espécie, em efetivo”, diz o advogado Tiago Freitas.
O dono da empresa teria oferecido uma propriedade de valor semelhante ao prejuízo somado para saldar a dívida. “Depois, a gente foi surpreendido com o seu representante jurídico, com seu advogado, que entrou em contato dizendo que estariam formalizando uma outra forma de negociação”, lembra Freitas.
Em documento encaminhado aos pecuaristas, a Leilonorte Ibaiti pediu “paciência” e disse que os responsáveis pelas fraudes foram afastados.
As vítimas entraram com uma ação na Justiça e um inquérito foi aberto pela Polícia Civil para investigação. De acordo com o delegado Pedro Dini Neto, a situação pode configurar apropriação indébita ou estelionato. A pena pode chegar a cinco anos de prisão.
A RICtv tentou contato com a Leilonorte Ibaiti, que não atendeu ou retornou as tentativas.
Fonte: RICMAIS
