Qualidade de vida, praticidade e desenvolvimento econômico. Estas são as expectativas de Enio Mondini, agricultor e morador da Vila Rural Vicente Puppio, no município de Jandaia do Sul (Região Metropolitana de Maringá), com a perfuração de um novo poço artesiano. “Isso vai ser muito bom. O poço vai nos ajudar na produção de alimentos, de horticultura e até na piscicultura”, afirma o produtor.
Além da Vila Rural Vicente Puppio, outras cinco comunidades de Jandaia do Sul foram beneficiadas neste mês com perfurações. São elas: Estrada Velha para Marumbi; Estrada do Guaporé; Estrada da Amizade; Estrada do Murumbizinho; e Estrada do Canutã. Com os poços, cerca de 80 famílias de Jandaia do Sul contam com novo acesso à água de qualidade.
A ação faz parte do Programa Água no Campo, desenvolvido pelo Instituto Água e Terra (IAT), órgão vinculado à Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest). O objetivo é beneficiar famílias que não têm acesso à água e que dependem das atividades econômicas ligadas ao campo.
O Água no Campo já perfurou mais de 650 poços artesianos no Estado, beneficiando cerca de 5 mil famílias por ano. “É um programa dedicado a oferecer água de boa qualidade para consumo próprio e para as atividades produtivas nas pequenas propriedades do meio rural paranaense”, destacou o diretor-presidente do IAT, Everton Souza.
O programa é desenvolvido em parceria com as prefeituras. O IAT é responsável por aprovar a perfuração e a administração municipal fica encarregada de definir o local e fornecer os tubos de revestimentos ou filtros, combustível, areia, brita, cimento e o custeio.
Após a conclusão dos serviços de perfuração, as prefeituras e as comunidades são responsáveis pela regularização da área de uso em comum, operacionalização do poço (bomba, reservatório, energia e adução) e solicitação da outorga de uso do manancial.
“Com o programa, já conseguimos levar água de qualidade para milhares de famílias no Paraná. Assim, conseguimos contribuir com pequenos empreendimentos e também facilitar tarefas do dia a dia dos produtores”, explicou Ronnye Pascoalotto, coordenador do programa.
QUALIDADE – A água utilizada em um poço artesiano é oriunda dos aquíferos paranaenses. Ao todo, 177 municípios do Estado utilizam única e exclusivamente a água subterrânea para sobrevivência. Por isso é preciso realizar a perfuração com responsabilidade.
“Além de seguir a legislação com relação à documentação necessária, é indicado que seja contratada uma empresa com corpo técnico capacitado para realizar a perfuração. Assim, evitamos prejuízos por conta do mau uso e também a contaminação dos nossos aquíferos”, afirmou o chefe do Escritório Regional do IAT em Curitiba, Luiz Fornazzari Netto.
Para a perfuração de um poço artesiano, é necessário anuência do órgão ambiental estadual. Após essa etapa, é preciso possuir a outorga do uso de direto das águas. Os requerimentos podem ser protocolados por meio do Sistema de Informações para Gestão Ambiental e de Recursos Hídricos (SIGARH).