Mesmo cercada de controvérsias e pedidos de adiamento, a conversão das placas de automóveis para o novo modelo adotado no Mercosul começa nesta segunda-feira, 17, no Paraná. A informação foi confirmada pelo Departamento de Trânsito do Paraná (Detran) e atende à Resolução 729 do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).

A obrigatoriedade do padrão de placas no novo modelo será para primeiro emplacamento; aquisição de veículo; aquisição de veículo com troca de município; alteração de dados com complementação de placa; mudança de município; registro de outro estado; troca de categorias; e outros processos que necessitem a substituição de placas. A previsão é de que toda a frota nacional esteja emplacada com o novo modelo até o fim de 2023.

Entre os dias 11 e 14, os processos abertos nas Ciretrans ficaram suspensos para aguardar a confecção das novas placas. Fabricantes de Goioerê se prepararam para a mudança, mas ainda não sabem informar os valores a serem cobrados. Para se adequar as mudanças m relação as placas, as empresas tiveram que investir em novos equipamentos e estão aguardando as liberações.

Por meio de nota, a Associação dos Fabricantes de Placas do Paraná (Afaplacas) informou que as taxas para substituição das placas ficam em R$ 217,56, já o valor das placas físicas varia de acordo com os custos e com a localidade da empresa estampadora e da empresa credenciada, bem como do fornecedor de chapa base.

Atualmente, o par de placas para veículos custa, em média, R$ 120 no Paraná. Ou seja, o preço do novo modelo poderá ser o dobro do atual.

MUDANÇAS Segundo o Detran, o modelo Mercosul terá itens de segurança que permitirão a rastreabilidade das placas e dos veículos por meio de QR code, praticamente impedindo a clonagem. Numa segunda fase haverá ainda, como reforço de segurança, a implantação de um chip.

A medida vai permitir uma maior efetividade no chamado ‘canal verde’, que é um sistema que facilita o controle de pessoas e cargas através de postos com antenas de rádio-frequência, além de melhorar a fiscalização evitando paradas dos caminhões, por exemplo.

A placa terá o mesmo desenho em todos os países do Mercosul com quatro letras e três números em fundo branco. O novo modelo terá código único e conterá todos os dados de confecção da placa, como a identificação do fornecedor e o número de série, data e ano da fabricação da peça, além do modelo do carro.

Com as novas tecnologias empregadas para evitar falsificações, as novas placas não utilizarão mais o lacre. Em muitos casos, o objeto se rompia e devia ser reposto para o motorista não ser multado. No Paraná, por exemplo, o lacre custa R$ 23,22.