Roberto Emídio Pereira foi localizado em Uberlândia na manhã de quarta-feira (12) e é suspeito de estuprar pelo menos três crianças de uma mesma família em Brasília e em Goiás. Ele responde pelos crimes de estupro de vulnerável e ameaça.
O policial militar reformado Roberto Emídio Pereira, preso suspeito de estuprar pelo menos três crianças de uma mesma família em Brasília e em Goiás, disse, em conversa com o pai das crianças que foram vítimas dele, que tinha medo de morrer na prisão.
O g1 teve acesso às mensagens em que o policial confessa os abusos contra o menino de 10 anos e diz que não chegou a machucá-lo. Roberto também tenta subornar o pai das crianças e pede que ele retire as queixas, uma vez que as penas são pesadas para policiais.
“Se for a julgamento eu não vou mentir e a pena é pesada para policiais. Risco até de morrer na cela. Tô desesperado aqui”, disse Roberto.
Quem é Roberto. Roberto Emídio Pereira tem 52 anos e foi preso na quarta-feira (12) no apartamento do filho dele, no Bairro Jardim Brasília, em Uberlândia. Conforme a PF, ele é considerado de alta periculosidade.
O policial reformado estava foragido desde agosto de 2023. A prisão foi realizada pela PF com o apoio da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) e o Grupo de Capturas da Polícia Federal.
O advogado de defesa, Deiber Magalhaes Silva, informou que há um recurso junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) pedindo a revogação do mandado de prisão.
Por ser policial militar reformado, ele está preso no batalhão da PM em Uberlândia.
O CRIME. Em fevereiro de 2023, um amigo de Roberto há mais de 30 anos, denunciou à Polícia Militar que o filho de 10 anos havia sido abusado sexualmente pelo policial durante uma viagem que fizeram juntos para Caldas Novas (GO).
Segundo a família, eles convidaram Roberto para o passeio e ficaram hospedados no mesmo apartamento. Durante a estadia em Caldas Novas, o policial reformado e o menino de 10 anos dormiram na sala, sendo a criança no sofá e Roberto em um sofá-cama.
Em depoimento, o menino relatou que dormia quando sentiu o “tio Roberto” deitar ao lado, abaixar o short e cometer o abuso. A criança contou, ainda, que após o ocorrido precisou ir ao banheiro se limpar diversas vezes devido a um líquido nas nádegas.
Após a criança contar para os pais sobre o ocorrido, a filha mais velha do casal, de 17 anos, também afirmou que era abusada pelo policial desde os 10 anos e que “não era mais virgem”. Em seguida, a outra filha do amigo, de 14 anos, disse ter sido abusada algumas vezes por Roberto. (G1)