Na manhã desta quarta-feira, 17, o prefeito Pedro Coelho reuniu a imprensa quando falou das propostas da administração voltadas a melhorar a estrutura urbana, como a pavimentação asfáltica, limpeza da área central da cidade, entre outras situações herdadas da administração passada e que diretamente impactaram na administração.

     OPERAÇÃO TAPA-BURACO. Como medida paliativa emergencial para solucionar os graves problemas dos buracos que estão tomando conta da pavimentação asfáltica de Goioerê, o prefeito Pedro Coelho assegurou que iniciou uma ampla operação tapa-buraco que vai envolver diversos setores da malha viária, especialmente na região central, como as Avenidas 19 de Agosto, Daniel Portela, Bento Munhoz da Rocha e Moisés Lupion.

     RECAPE. Com relação a operação tapa-buraco, o prefeito Pedro Coelho garante que se trata de medidas emergenciais. O prefeito afirma que um amplo trabalho de recapeamento asfáltico será realizado já no início de 2019.

     Ainda segundo ele, será realizada licitação para contratação de empresa para execução do recapeamento. No entanto, segundo Coelho “o período eleitoral comprometeu a realização do processo licitatório assim como a liberação dos recursos objetos de emenda parlamentar” – e dessa forma, segundo o prefeito, o recapeamento, só deverá ser iniciado no início de 2019. “Até lá estaremos realizando uma ampla operação tapa-buraco procurando amenizar o grave problema que afeta a nossa malha viária.

     Conforme o secretário de Administração, Airton Gonçalves, serão utilizados mais de 30 caminhões de emulsão adquiridos em Campo Mourão a um custo de R$ 6 mil cada um, com investimentos de cerca de R$ 200 mil, sem mencionar o custo operacional dos trabalhos na operação tapa-buraco.

     USINA DE ASFALTO. Com relação a entrada em funcionamento da usina de asfalto adquirida pela Prefeitura com investimentos de cerca de R$ 900 mil, o Prefeito explicou que por se tratar de recursos do Paraná Urbano, do Governo do Estado, em razão do período eleitoral ficou emperrada a entrega do equipamento. Pedro Coelho acredita que a entrega deverá ocorrer até final de novembro, devendo entrar em funcionamento nos primeiros meses de 2019.

     LIMPEZA. Em relação a limpeza das ruas, o prefeito Pedro Coelho disse que o problema decorre da falta de mão-de-obra, uma vez que muitos dos trabalhadores braçais cumprem período de férias. Muitos deles, conforme assegurou o secretário de Administração, Airton Gonçalves, quando assumiram a administração , haviam funcionários com até 11 férias vencidas, situação que segundo Gonçalves, está perto de ser solucionada.

     Por sua vez, o prefeito Pedro Coelho disse que os trabalhadores braçais são responsáveis também pela limpeza nas áreas das escolas (estadual e municipal), além do Campus da UEM, IFPR, Forum e outros órgãos. O que segundo ele, pelo número reduzido de funcionários braçais, compromete o trabalho de limpeza das ruas e praças da área central da cidade.

     CERTIDÃO. O prefeito Pedro Coelho esclareceu ainda quanto a falta de certidão negativa compromete a administração que segundo ele, teve retido dois caminhões liberados pelo Governo do Estado e que a Prefeitura não pode retirá-los – um caminhão caçamba e um caminhão pipa – uma vez que envolve problemas relacionado a prestação de contas da administração anterior, envolvendo o convênio com o Projovem de 2014 e uma prestação de conta do Leitão Maturado de 2015, pendentes no Tribunal de Contas da Codesa e que estão impactando a liberação de convênios da administração com o Governo do Estado e Federal.

     OBRAS PARADAS. Outro problema citado pelo prefeito Pedro Coelho, foi relacionado as obras herdadas pela administração passada que igualmente originaram problemas para a atual administração. São eles:

     – Construção da UPA. A empresa abandonou a obra tendo posteriormente sido aberta nova licitação para contratação de outra empresa o que acabou gerando problemas de ordem financeira para a Prefeitura.

     – Lar dos Idosos. Quando a atual administração assumiu a Prefeitura a obra do Lar Morada Águas Claras (Ásilo) estava parada há cerca de dois anos. Foi necessária a atual administração realizar nova licitação para contratação de uma nova empresa. Além dos recursos para conclusão da obra, o prefeito Pedro Coelho afirma ter empregado recursos da ordem de R$ 300 mil para a recuperação de madeiramento da cobertura, porta, janelas e outras. O Lar, segundo Coelho, deverá ser entregue nos primeiros meses de 2019.

     – Creche do Jd. América. Outra obra citada pelo prefeito, herdada da administração passada, foi a construção da Creche do Jardim América. A obra estava abandonada quando assumiu, e, diante da burocracia uma nova licitação foi aberta para contratação de nova empresa. E, somente agora, há cerca de 30 dias, as obras foram retomadas.

     – Escola. Com relação a Escola de Tempo Integral que está sendo construída junto ao Parque Industrial, acima ao Conjunto Águas Claras, a Prefeitura teve que investir cerca de R$ 600 mil em obras de construção do muro de arrimo. Recursos que não estavam no projeto daquela importante obra que, de acordo com o prefeito Pedro Coelho deverá ser entregue no início do ano letivo de 2019. Atualmente estão sendo providenciados móveis e mobílias. Uma obra iniciada há mais de 4 anos e avaliada em cerca de R$ 5 milhões.

     TAC no Jd. América. Outra agravante deixado pela administração passada, conforme prefeito Pedro Coelho, foi o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado com o Ministério Público para solucionar os graves problemas que ocorreram nas casas do Conjunto Jardim América III. O TAC foi firmado pelo ex-prefeito Beto Costa e está sendo concluído na atual administração.

     OUTRAS. O prefeito Pedro Coelho citou ainda diversas outras obras herdadas da administração passada e que foram concluídas pela atual administração. São elas:

     Cras, CREA, Polo da UAB, Posto de Saúde da Flor do Oeste, barracões industriais (entregues mas não finalizados).

     HERANÇA. Ainda durante o encontro com a imprensa na manhã desta, quarta-feira, 17, o prefeito Pedro Coelho citou diversas questões de ordem administrativa que herdou. Entre elas: a Codesa; regularização do Portal da Transparência que o ex-prefeito foi notificado para que providenciasse a regularização, o que não foi feito e a atual administração está sendo notificada; descumprimento de ordem judicial pela administração passada com o Denit em relação ao escoamento de água pelos tubos do DER na canalização da BR-272 nas imediações da Chácara do Boni. O Ministério Público acionou a Prefeitura para que seja executada uma nova passagem de água transpondo a rodovia e direcionando a cerca de 1.000 metros abaixo da rodovia. A obra está avaliada em R$ 550 mil.

     São algumas das situações colocadas que acabaram por impactar e comprometer a atual administração, frisou o prefeito.