O prefeito Betinho Lima reuniu a imprensa no final da manhã desta quarta-feira, 18, quando anunciou a intervenção administrativa na Santa Casa de Goioerê. A medida vale inicialmente por 90 dias e tem como objetivo, como medida emergencial, a manutenção da assistência médico hospitalar, bem como a manutenção dos serviços de saúde do SUS, conforme citou o prefeito na reunião.
A intervenção é uma resposta ao Ministério Público, que deu prazo de cinco dias para que a Prefeitura forneça informações “quanto a eventual intervenção administrativa junto à instituição”, diante da renúncia coletiva da diretoria do hospital.
Com a intervenção, uma Comissão de Intervenção foi nomeada pela Prefeitura e tem como interventor o funcionário público da secretária de saúde, Tiago Faquineti.
O prefeito Betinho Lima pediu tranquilidade a população garantindo que nenhum serviço será prejudicado. “A população pode ficar tranquila porque já estamos contratando uma pediatra e todos os atendimentos serão mantidos.
NOVA ELEIÇÃO. De acordo com o prefeito Betinho Lima, a intervenção encerrará assim que uma nova eleição for realizada e uma nova diretoria assuma o Hospital. “Este será o momento dos associados se mobilizarem e formarem uma chapa para a disputar a eleição que acontecerá em assembleia que deverá ser convocada em breve” – ressaltou o prefeito.
Segundo o secretário de Administração, Gerson de Brito, a intervenção na Santa Casa era uma ação que já vinha sendo cogitada pela Administração, desde o ano passado, pois os problemas vem se arrastando há anos. Mas que nunca foi feita para se respeitar a diretoria do hospital.
PROBLEMA ANTIGO. O hospital Santa Casa de Goioerê ao longo dos anos vem lutando para conseguir alinhar a gestão médica e administrativa, tanto que nesta última gestão (2021/2023) a diretoria teve três provedores: Ademir de Lima que concorreu a eleição e sua chapa foi a vencedora, e acabou renunciando ao cargo em abril de 2021.
Assumiu o cargo José Augusto de Souza em agosto de 2021 e renunciou em novembro de 2022, quando assumiu o cargo o então vice-provedor, Evaldo Kovalski que renunciou ao cargo na última semana.
A crise se agravou com a contratação da Samais que não cumpriu com a proposta apresentada, culminando na sequencia com a renúncia de Evaldo Kovalski e uma semana depois o restante da diretoria, através da renúncia coletiva, que foi comunicada ao Ministério Público que orientou a Prefeitura para uma possível intervenção da entidade.