A presa integra a chamada facção “Damas do Crime”
Dos dois mandados de prisão no âmbito da operação Flashback II, desenrolado nesta terça-feira, 28, no Paraná, um deles foi cumprido em Londrina e outro na cadeia feminina de Goioerê.
A operação, em nível de Brasil, foi deflagrada na manhã desta terça-feira, pelo Ministério Público de Alagoas para cumprir mais de 200 mandados de busca, apreensão e de prisão em Alagoas e mais 10 Estados. Entre eles o Paraná contra integrantes da facção criminosa.
Nesta nova fase da operação foram investigadas mulheres ligadas a facções criminosas que ocupam cargos de lideranças. São as chamadas “Damas do Crime”.
De acordo com as investigações, são mulheres que assumem as ações criminosas quando seus companheiros são presos e precisam de membros de confiança para representá-los do lado de fora dos presídios, cuja responsabilidade acaba ficando com as esposas ou até mães.
Ainda de acordo com as informações dos policiais, as mulheres têm perfis igualmente violento ao dos homens da facção. Elas definem julgamentos ocorridos nos chamados tribunais dos crimes. Elas julgam, condenam e executam até mesmo membro da própria facção.
GOIOERÊ. A ação foi desenvolvida por uma equipe de policiais de Cascavel que esteve em Goioerê para cumprir o mandado e contou com apoio dos policiais de Goioerê e de agentes do Depen.
ALAGOANA. A presa da cadeia feminina de Goioerê é uma alagoana, cujo mandado foi expedido pela Secretaria de Segurança Pública e pelo Ministério Público do Estado de Alagoas.
Além do cumprimento do mandado, durante a busca e apreensão nos pertences pessoais da detenta, foi encontrado celular e anotações.
PERFIL VIOLENTO. Ainda conforme informações, a alagoana presa na cadeia de Goioerê tem um perfil violento e constantemente cria problemas no interior da carceragem. Situação que pode se agravar ainda mais depois da ação, quando passou a ser apontada pela justiça de Paraíba como chefe de facção criminosa e integrante da chamada “Damas do Crime”.
92 DETENTAS. Atualmente a cadeia feminina de Goioerê conta com 92 detentas e praticamente todas de outros municípios e estados, como no caso da alagoana.
Há tempos uma detenta foi assassinada na cadeia de Goioerê, e recentemente uma outra presa estava prestes a ser executada, mas conseguiu gritar e foi socorrida pelos agentes do Depen e pela equipe de policiais.