Os seis presos de Umuarama no âmbito da Operação Metástase foram transferidos da 7a Subdivisão Policial para a Delegacia de Campo Mourão.
Eles estão em celas separadas, para não se comunicarem entre si. Por causa dos protocolos de segurança da Covid-19, vão permanecer em uma ala reservada da carceragem por pelo menos 15 dias.
Todos cumprem prisão preventiva, sem data de relaxamento. Pode durar dias, dependendo das contestações apresentadas através dos advogados, ou até meses, caso as provas levantadas pelo Ministério Público do Paraná não sejam derrubadas.
As provas foram obtidas através de cópias de documentos e escutas telefônicas feitas durante vários meses, com autorização da justiça. Nos diálogos haveria explicitamente a discussão de valores negociados nas supostas transações criminosas e até divergências de repasses.
Um dos objetivos da prisão preventiva é que os presos não interfiram nas investigações, manipulando documentos e testemunhas.
O secretário parlamentar preso em Brasília também pode ser transferido para Campo Mourão, uma vez que ele tem residência no interior do Paraná.
Conforme informações, Valdecir Miester assessorava o deputado federal Roberto de Lucena, eleito por São Paulo, e foi exonerado horas depois de ser levado pelos policiais. Miester também é dono de uma empresa de consultoria e contabilidade em Boa Vista da Aparecida, no oeste paranaense.
Os seis presos de Umuarama são quatro empresários e dois servidores do alto escalão da Prefeitura: Cícero Laurentino, diretor de assuntos interinstitucionais, e Renata Campagnoli de Oliveira, secretária designada de saúde.
Hipótese para o funcionamento o esquema. Uma das hipóteses levantadas após a operação comandada pelo MP é que Laurentino, em nome da Prefeitura, intermediava a liberação de recursos em órgãos governamentais. (O Bendito)