Pai e filho: Ademir Batista e Alisson depois de quase um ano, estão iniciando a comercialização do tomate produzido orgânico, aguardando a certificação
Os tomates, com a marca Ravena, já estão nos supermercados de Goioerê
O trabalho de um ano já pode chegar na mesa do consumidor. Nesta semana o pequeno produtor rural, Alisson Leopoldino e o pai Ademir Batista, começaram a distribuir nos supermercados de Goioerê a produção de tomate, que está em processo de transição do convencional para o orgânico. Os produtores aguardam apenas o selo para que possam oficializar a produção como orgânica.
No entanto, já cumpriram todas as etapas, inclusive os testes já foram realizados e aguardam a chegada do selo que certificará a produção. Os produtos Ravena, já podem ser adquiridos e consumidos com toda qualidade garantida e livre de qualquer tipo de agrotóxico, nos supermercados de Goioerê ou quem preferir, direto da propriedade, que fica localizada na BR-272, nos fundos da Realme, no bairro Vila Candeias.
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A diferença entre um tomate orgânico ( acima) e o convencional (abaixo): a polpa é mais consistente
Alisson explica que se transformar em um produtor orgânico era um sonho seu, por todas as questões que envolvem a saúde e o meio ambiente. E foi assim, que há um ano, incentivado pelo professor e diretor do Departamento de Agronomia da UEM, do Campus de Umuarama, Rerison Catarino da Hora, que iniciou uma série de visitas técnicas e arrendou um lote de meio hectare, iniciando o projeto que tem como objetivo maior, chegar em 2030 estar uma produção orgânica diversificada para fornecer os produtos para a merenda escolar. Em 2030 apenas produtos orgânicos poderão ser adquiridos pelo Estado e Município para a merenda escolar.
De acordo com Alisson, não é difícil trabalhar com o processo orgânico. Requer mais paciência e dedicação e o resultado final é o valor agregado ao produto, que pode chegar a 40% a mais do que o convencional.
Como a terra arrendada por ele e o pai era uma área que não tinha sido utilizada para outra produção, o processo para se livrar de qualquer produto químico proibido na produção orgânica foi mais rápido. Alisson conta com o apoio da equipe do IDR de Goioerê, que além das orientações estão realizando os testes na água, solo e produto, além da parceria com a equipe da Secretaria de Agricultura de Goioerê.
Todo o processo que realiza em sua área é manual, desde limpar o mato, fazer a adubação do solo com esterco de gado e aves, o uso de repelente dos insetos, utilizando óleo de limão, laranja entre outros para o controle da praga e até a embalagem do produto, onde o tomate não passa por nenhuma lavagem para ter uma aparência mais bonita.
O técnico Marcelo Bastos e Alisson com a muda de Neem, repelente natural
DISTRIBUIÇÃO DE MUDAS NEEM. A Secretaria de Agricultura de Goioerê, dentro desta proposta de incentivar a produção orgânica para o produtor familiar de Goioerê, está desenvolvendo a produção de mudas de Neem, um repelente natural, que está sendo distribuído para os produtores interessados.
Alisson foi o primeiro produtor a receber a muda, que servirá de base para a produção de repelente, que será produzido com a folhas dessa planta. Os produtores de Goioerê interessados na muda, devem fazer o cadastro na Secretaria de Agricultura do município, e falar com o técnico Mauro Maximiano, responsável por este projeto.
Alisson mostra com orgulho a produção de tomates que estão com uma excelente produtividade
A produção orgânica é toda manual, inclusive as sementes que são plantadas por ele mesmo, para evitar trazer mudas contaminadas
O técnico da Secretaria de Agricultura, Marcelo Bastos acompanha o desenvolvimento da produção orgânica de Alisson
Além do tomate, também o produtor começa a colher abobrinha e em breve quiabo orgânico
