Os paranaenses têm visto crescer o apetite de companhias de fora pelas empresas locais. Foi um crescimento de 20% no número de aquisições deste tipo nos três primeiros trimestres de 2019, comparado ao mesmo período de 2019, segundo a empresa de representação KPMG.
A aquisição das companhias locais não significa necessariamente que as marcas vão desaparecer, mesmo que toda a estrutura de negócios venha a ser alterada. No caso daquelas que criaram uma ligação afetiva com seus clientes e com o Paraná ao longo do tempo, é improvável que deixem de existir.
A tradicional Matte Leão, por exemplo, foi vendida para a Coca-Cola em 2007, mas continua no mercado. O grupo norte-americano Sara Lee Corp dissolveu a Café Damasco após adquiri-la em 2010, no entanto manteve a marca.
Existe também o outro lado. A Prosdócimo, que chegou a dominar 25% do mercado nacional de geladeiras, desapareceu após ser incorporada pela Electrolux. Da mesma forma o banco Bamerindus, que em 1997 deu lugar ao HSBC – hoje é Bradesco –, e a farmácia Minerva, que se fundiu nesse mesmo ano à Drogamed, atualmente Nissei.
As 10 Grandes empresas brasileiras que sumiram do mapa nos últimos 30 anos
Kolynos
Quem dos anos 90 não se lembra da Kolynos? acredito que quase todo mundo, a pasta de dente era famosa por seus comerciais e muito consumida pelos brasileiros, porém em 1997 foi comprada pela global Colgate-Palmolive, mas o CADE (Conselho de Administração de Defesa Econômica), órgão que fiscaliza monopólios, determinou que a marca teria que ser deixada de canto por 4 anos. A empresa resolveu então criar a marca Sorriso para substituir a Kolynos, e mesmo depois dos 4 anos de limitação a empresa resolveu que a Kolynos não voltaria mais ao mercado, colocando fim a marca.
2 – Intelig
Entrou no mercado em 23 de janeiro de 2000, depois de investir mais de 2,8 bilhões na construção de uma rede digital, durante sua existência ofereceu telefonia local, a longa distância e internacional, inclusive lançou um provedor de internet grátis, o InteligWeb, Foi comprada pela TIM em 2010 e a marca foi abolida.
3 – Mappin
Fundada em 29 de novembro de 1913, A primeira loja da empresa foi instalada na Rua 15 de Novembro, região central da capital paulista, se tornou uma gigante do varejo brasileiro até falir em 1999 junto com a Mesbla, que tinha sido comprada por ela em 1996. A marca foi comprada pela Marabraz.
4 – Arapuã
Reinou no mercado brasileiro, atingindo o posto a maior varejista de eletrodomésticos do Brasil e concorrente direto de outras gigantes como Casas Bahia e Ponto Frio, mas quebrou em 1998. Quando quebrou a empresa, tinha 265 lojas e aproximadamente de 2 mil funcionários. Em 2003, foi decretada sua a falência pela primeira vez e, depois de muita briga na justiça, em março de 2009 o Superior Tribunal de Justiça finalmente se decidiu pela falência da empresa.
5 – Banco Bamerindus
Esse foi um banco clássico no país com seu inesquecível jingle “O tempo passa, o tempo voa, e a poupança Bamerindus continua numa boa! É a poupança Bamerindus!”. Em 1994, já em dificuldades acabou entrando para o Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (PROER). O programa de recuperação não obteve resultados e em 1997 parte do banco foi incorporada pelo HSBC, e a outra parte, pelo Banco Central.
6 – VASP
Um ícone da aviação, a VASP foi Fundada em 1933, porém em 2005 devido a uma intervenção federal relacionada as dívidas trabalhistas e fiscais que a empresa havia acumulado, ela veio abaixo e desapareceu do mercado.
7 – Yopa
Foi uma famosa marca de sorvetes do mercado brasileiro, comprada pela gigante Nestlé nos anos 1970. Tinha sorvetes do Mickey, da Minnie, entre outros personagens da Disney. Em 2000, a dona extinguiu a marca.
8 – Manchete
Fundada por Adolpho Bloch teve vários programas de audiência como Cavaleiros do Zodíaco e Jaspion, Xica da Silva e Pantanal. Em 1983, dizia que seria “a televisão do ano 2000”. Saiu do ar em 10 de maio de 1999, a sete meses antes do ano 2000, hoje quem ocupa seu lugar é a RedeTV!
9 – Mesbla
A Mesbla foi outro grande ícone do varejo brasileiro. Nos anos 80 já tinha mais de 180 lojas espalhadas pelo Brasil. Uma década depois já em sérias dificuldades financeiras perdeu todo seu valor. Foi comprada pelo Mappin em 1996. Com a falência, três anos depois, as duas marcas mais conhecidas do público em lojas de departamentos acabaram de uma só vez. Em 2010, tentou voltar ao mercado com um e-commerce, mas não deu certo e logo o site saiu do ar.
10 – G. Aronson
A famosa G Aronso foi fundada em 1944 em São Paulo, chegou a ter 38 lojas no estado vendendo eletrodomésticos. Sua falência foi decretada em 1998.
Fonte: Gazeta do Povo