Um dos assuntos que vêm repercutindo nesta semana é a prisão de Beatriz Leão Montibeller Borges, estudante de veterinária do Paraná, acusada de gerenciar dinheiro do PCC. Mas quem é a jovem de 24 anos que, segundo as investigações, teria transformado a vida universitária e social em uma fachada para o gerenciamento milionário de uma das maiores facções criminosas do país?
Siga a Tribuna no WhatsApp
Perfil social paralelo ao suspeito
Beatriz Leão Montibeller Borges cursava Medicina Veterinária em Curitiba, mas a rotina registrada em suas redes sociais destoava do perfil comum de uma universitária. Viagens frequentes, treinos, danças e momentos cercados de sofisticação marcavam suas postagens. Esse estilo de vida, afirmam os investigadores, era sustentado pelo trânsito de recursos ilícitos do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Do relacionamento à função estratégica no crime
As apurações policiais indicam que Beatriz não era apenas um elo afetivo dentro da organização. Ela teria assumido papel estratégico após se envolver com um dos líderes da facção, preso em Piraquara. A jovem passou a atuar no controle da movimentação financeira, participando inclusive de decisões sobre compras e investimentos ilícitos, segundo relatórios da investigação.
Fuga, prisão e o fim da “vida de luxo”
O capítulo mais recente da trajetória de Beatriz ocorreu na sexta-feira (29), quando foi localizada em um apartamento de luxo em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. A prisão foi resultado de uma operação conjunta entre a Polícia Civil do Paraná (PCPR) e a Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ).
Ela estava foragida desde março, após uma grande ofensiva que resultou na prisão de oito pessoas e na apreensão de mais de 40 quilos de drogas, além de armas em municípios como Curitiba e Foz do Iguaçu.
Acusações e destino judicial
Beatriz responde a acusações de associação criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Agora, aguarda transferência para o sistema prisional paranaense, onde deve prestar depoimento. A prisão coloca fim, pelo menos por ora, à rotina de viagens e ostentação que contrastava com a realidade da vida de uma foragida.