“Nossa atenção e cuidado com a saúde e a segurança dos nossos colaboradores, não se restringe apenas a SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho). Esta é uma atitude constante dentro da nossa Cooperativa, afinal nós a colocamos em prática todos dias através de ações que contribuem com a qualidade de vida dos profissionais que aqui atuam” afirmou o engenheiro supervisor de segurança do trabalho da Copacol, Jozival Matias do Nascimento.
E para que os mais de 9.4 mil colaboradores possam refletir melhor sobre os cuidados necessários em cada setor dentro e fora da Cooperativa, a Copacol realizou terça, dia 18, na Aercol de Cafelândia, a abertura oficial da 36ª SIPAT e o 12º Evento Superação.
SEGURANÇA E SAÚDE. A cerimônia teve início com a afirmação do vice-presidente da Cooperativa, James Fernando de Morais que falou sobre o objetivo principal desta semana de conscientização e os motivos pelos quais a Copacol apoia os investimentos em segurança e saúde. “Para nós é muito importante investir em equipamentos, projetos e treinamentos que visem a segurança, o bem-estar e a preservação da saúde e da vida dos colaboradores. Pois são estes os principais fatores que garantem a integridade física e intelectual dos nossos colaboradores. E nós, como pais de família e filhos, queremos que todos vocês possam retornar aos seus lares levando a alegria de mais um concluído de trabalho com sucesso, saúde e segurança”, disse Fernando.
Além de ressaltar os investimentos na segurança, o evento ainda relembrou um importante trabalho promovido pela Cooperativa, a inclusão social de Pessoas Com Deficiência (PCD) no mercado de trabalho. Na ocasião o colaborador, Thiago Lemos Nogueira, que após sete anos de história na Copacol ocupa o cargo de supervisor do transporte de ovos e pintainhos, contou um pouco da sua trajetória na empresa e descreveu diversas etapas de sua vida. “Tenho 28 anos de idade. Ao longo deste período passei por muitos desafios. O primeiro deles foi descobrir que eu tinha uma deficiência e depois aprender a lidar com ela. Mas logo passei a entender que aquela dificuldade veio para me tornar uma pessoa mais forte. Fazer parte da Copacol e receber as oportunidades de crescimento, que eu tive aqui, são fatores que comprovam que os problemas são enigmas que só nós conseguimos resolver e não há dificuldade que não possa ser vencida”, afirmou Thiago Nogueira.
RELATO DO ACIDENTE DA CHAPE
Para complementar os assuntos principais do evento que são as ações de segurança, saúde e a superação, um convidado para lá de especial tornou a tarde de ontem, ainda mais emocionante para os mais de 300 colaboradores. A presença do único jornalista sobrevivente ao trágico acidente do voo 2933 que envolveu a delegação da Associação Chapecoense de Futebol, Rafael Henzel.
Ao decorrer de sua palestra, o jornalista esportivo descreveu detalhadamente cada instante do acidente até o seu resgate, recuperação e o encontro com a família. No entanto, em cada momento de seu discurso Rafael enfatizou a irresponsabilidade da empresa aérea no plano de voo, como uma quebra na regra de segurança que deixou dezenas de famílias, amigos, milhares de torcedores e uma nação inteira de luto.
“Durante uma investigação nós descobrimos que este mesmo piloto já havia tomado esta mesma atitude de conduzir viagens com combustíveis no limite por seis vezes. Na maioria dos casos por tempo de casa, autoconfiança ou por já ter feito algo que deu certo em outras circunstancias, o profissional acaba por repetir atitudes perigosas que nos trazem um preço muito alto, a própria vida e neste caso em específico a vida de 71 pessoas”, explicou Rafael.
Um dos seis sobreviventes ao voo, o jornalista se diz um responsável por levar uma importante mensagem de aprendizado após o acidente, que é a reflexão sobre a segurança e a vida. “Depois de tudo o que passamos, eu me sinto na obrigação em fazer alertas, falar sobre vidas, de superação e tentar transmitir a mensagem das normas pré-estabelecidas pelas empresas, como é o caso das 5 Regras de Ouro da Copacol. Afinal, a Cooperativa quer através destas exigências que o colaborador volte para sua casa, para sua família depois de um dia de trabalho”, conclui.