O impasse que vinha marcando as relações entre a Santa Casa e a Prefeitura de Goioerê, envolvendo os repasses financeiros, foi tema da reunião na manhã de sexta-feira, 12. De um lado o prefeito Pedro Coelho juntamente com assessores, e , de outro, o Provedor Padre Pedro Speri, o vice Francisco Scarpari e integrantes da administração da entidade hospitalar.

O objetivo da reunião foi colocar um ponto final no impasse que nos últimos dias estremeceu o relacionamento entre a Santa Casa e a Prefeitura.

De um lado, a direção da Santa Casa  alegava que a Prefeitura dificultava o repasse dos recursos que a entidade tem direito, no caso os recursos de R$ 85 mil aplicado por ocasião da aquisição do material para o Mutirão  de Cirurgias da USP. De outro lado, a Prefeitura exigia a prestação de contas do material que teria sido adquirido ela Santa Casa.

Impasse que também estava  a liberação de cerca de R$ 45 mil que a Prefeitura estaria retendo  do convênio entre a Santa Casa e a Prefeitura. Sem contar os R$ 200 mil, liberado pelo Ministério da Saúde, através de emenda para a Santa Casa, adquirir medicamentos e insumos.

JUSTIFICATIVA. Por seu lado, o prefeito Pedro Coelho não aceitava as colocações da direção da Santa Casa de que a Prefeitura estaria retendo recursos. Estava apenas exigindo que a Santa Casa prestasse contas, tanto das despesas, como da compra dos materiais utilizados no Mutirão Cirúrgico da USP, e no atendimento realizado através do contrato com a Prefeitura, uma vez que a Santa Casa não estaria atendendo a meta pactuada no convênio e o valor da fatura era  acima do atendimento prestado. Situação que poderia comprometer a Prefeitura junto aos órgãos fiscalizador, afirmava o prefeito Pedro Coelho.

SITUAÇÃO DEFINIDA

Ao final da reunião, tanto o prefeito Pedro Coelho como o Provedor Padre Pedro Speri, chegaram ao entendimento, colocando ponto final na turbulência que passou a existir nos últimos dias.

O prefeito Pedro Coelho afirmou que a questão por parte da Prefeitura em relação a Santa Casa eram técnica e de legalidade e que dependia de ajustes, que segundo o prefeito ficou acordado durante a reunião. “Temos total interesse em fortalecer a parceria com a Santa Casa, hoje uma das mais importantes entidades hospitalar da região” – afirmou o prefeito Pedro Coelho.

LADO LEGAL. Por sua vez o provedor Padre Pedro Speri salientou como importante o resultado da reunião. “A Prefeitura tem razão uma vez que a Lei vê a parte legal. No entanto, a Santa Casa moralmente tem razão em suas demandas” – afirmou, ao declarar satisfeito com os rumos dos entendimentos. “Toda a discussão e o impasse que tivermos foi pensando na população”.

Mais adiante o padre Pedro Speri afirmou – “a Prefeitura tem o dever de fiscalizar os repasses dos recursos destinados à Santa Casa, que, por sua vez, tem que fazer a prestação  de contas. Com certeza, o diálogo franco e sincero coloca ponto final em qualquer mal estar que possa existir entre a Santa Casa e a Prefeitura” – finalizou o Padre Pedro.

COMISSÃO CONSTITUÍDA. Ao final da reunião foi constituída  uma comissão integrada por representantes da Prefeitura, do Conselho Municipal de Saúde e da 11ª Regional de Saúde, que fará o levantamento desse ano até o mês de dezembro, da movimentação realizada pela Santa Casa envolvendo o atendimento prestado através do convênio mantido entre a Prefeitura e a Santa Casa.

 

 

A reunião entre a equipe do prefeito Pedro Coelho e a diretoria da Santa Casa