A Rota da Fé, um dos principais movimentos religiosos do Paraná, está com inscrições abertas. O evento será realizado no próximo dia 12 de novembro, percurso Campo Mourão a Corumbataí do Sul, passando por diversos lugares sagrados.
A inscrição custa R$ 65,00 para adulto, e R$ 35,00 para adolescentes de 12 a 17 anos. O valor inclui transporte, alimentação, água e frutas. Crianças e pessoas com deficiência mais acompanhante não pagam. Interessados podem se inscrever no Centro Catequético, Santuário Nossa Senhora Aparecida, Paróquia Nossa Senhora do Caravágio, Paróquia Sagrada Família, e Paróquia São Pedro (Roncador) ou ainda no endereço eletrônico: rotasdafe.com.br ou e-mail: [email protected].
1º Caminho Iniciático de Santiago de Compostela
Em julho deste ano, a Rota da Fé foi aprovada em plano diretor como Caminho Iniciático, mas precisa passar por algumas adaptações. A principal delas é com relação à sinalização, que deve seguir o mesmo padrão do caminho espanhol. Foram identificados 271 pontos de sinalização em todo o trajeto.
Outra necessidade é a melhoria da infraestrutura para receber os peregrinos, para oferecer a eles todas as condições de segurança e serviços básicos de hospedagem, além de outros produtos e serviços turísticos.
No âmbito da governança, também será necessário criar uma entidade gestora da rota, um manual de boas práticas e o gerenciamento dos destinos. A recuperação das ruínas de Vila Rica também consta no plano. O prazo para consolidar a rota é de três anos, mas com essas adaptações, em seis meses o Caminho Iniciático pode começar a receber os peregrinos.
O Caminho Iniciático de Santiago de Compostela terá um trajeto de 104 quilômetros de caminhada. Ao todo, segundo estudo, serão necessários cerca de R$ 4 milhões para a consolidação do projeto.
Em primeiro momento, será necessária a criação de uma entidade capaz de gerenciar o novo caminho. E será ela a responsável em unir e executar as tarefas: marketing, publicidade em redes sociais e feiras, assim como o recrutamento de pessoas técnicas para direcionar os peregrinos.
Há alguns meses, consultores espanhóis ficaram uma semana em Campo Mourão para iniciar os estudos do plano diretor. Foram quatro profissionais, incluindo um arquiteto e um topógrafo que, juntos, levantaram características culturais e históricas do caminho de 104 quilômetros.
De acordo com um dos idealizadores da Rota da Fé, Ruben Moyano, dos pouco mais de 100 quilômetros, 75% compreendem a caminhada na zona rural. Sendo outros 25%, em trechos urbanos dos quatro municípios. Os quatro prefeitos estiveram no evento. “O projeto é fundamental à região. Vai trazer renda aos municípios”, disse.
Além de ter o poder de trazer milhares de peregrinos à região, o projeto também poderá atrair investimentos privados ao longo do percurso, como restaurantes e pousadas. Em resumo, a partir de agora, o trajeto passa a ser oficialmente reconhecido no mundo como um dos seus principais caminhos religiosos.
E as consequências são bastante positivas à região. A principal delas é atrair turistas de todos os cantos. “O turismo religioso – 30 milhões somente no Brasil – é movido pela fé. Mas é também capaz de agregar o turismo da natureza e gastronomia. Na verdade, movimenta quase toda a economia local, regional e estadual”, explicou Moyano.
Engenheiro de sistemas, e um dos precursores da pastoral do turismo e da Rota da Fé, Moyano acredita ser o sonho se transformando em realidade. Segundo ele, uma infinidade de oportunidades econômicas está por vir. São centenas de novos empregos na área do turismo. A começar com pousadas e guias turísticos.
O Caminho
A Rota da Fé é um movimento interreligioso caracterizado como uma romaria, com objetivo de visitar lugares sagrados, diferentes culturas, costumes locais, gastronomia das comunidades por onde passa e ter contato direto com a natureza. Antes da pandemia da Covid-19, o movimento de romeiros acontecia tradicionalmente a cada dois meses. Parte sempre da Catedral São José, em Campo Mourão, reunindo entre 600 a 800 pessoas em média.
Fonte: TribunadoInterior