A utilização de parte dos recursos que a Câmara de Vereadores devolve à Prefeitura ao final de cada exercício financeiro poderá viabilizar a construção de um salão comunitário no Conjunto Águas Claras. A proposta é de autoria do vereador Marcelo Gaúcho e recebeu apoio unânime dos demais parlamentares, que endossaram a ideia de direcionar essas sobras orçamentárias para obras estruturais que beneficiem diretamente a população.
Segundo Marcelo, o custo estimado do salão — já equipado com cozinha e mobiliário — é de cerca de R$ 750 mil. Em 2024, a Câmara devolveu à Prefeitura mais de R$ 2,1 milhões, o que, na avaliação do vereador, abre margem para aplicar parte desse montante em melhorias para os bairros. “É uma forma inteligente de dar utilidade a recursos que voltam para o município, promovendo benefício real para a população”, destacou.
Durante a sessão, o presidente da Associação de Moradores do Águas Claras, Jader Sena, apresentou o projeto arquitetônico do futuro salão e reforçou o quanto a obra é esperada pela comunidade. “Esse é um sonho antigo. Temos a planta pronta e agora contamos com o apoio dos vereadores e do prefeito Pedro Coelho para que se torne realidade”, afirmou.
Além do Águas Claras, a proposta também sugere que a parceria entre Legislativo e Executivo se estenda pelos próximos anos, com a construção de um salão comunitário por ano. As próximas localidades indicadas são o Jardim Galiléia, o distrito de Jaracatiá e o Jardim Universitário, que receberia uma reforma no espaço já existente.
A iniciativa deve avançar nas próximas semanas com tratativas entre a Câmara e a Prefeitura, fortalecendo a atuação colaborativa entre os poderes e priorizando demandas reais das comunidades goioerenses.
Essas “sobras” são chamadas tecnicamente de devolução do duodécimo não utilizado — ou seja, a parte do orçamento que foi repassada à Câmara (o duodécimo) e não foi gasta durante o ano. Ao final do exercício, esse valor é devolvido à Prefeitura. O vereador também sugeriu que a parceria seja mantida durante os quatro anos desta gestão, com a construção de um salão comunitário por ano. As próximas comunidades a serem contempladas, segundo a proposta, seriam o Jardim Galiléia, o distrito de Jaracatiá e a reforma da Associação de Moradores do Jardim Universitário.