O governo confirmou o reajuste de 6,79% no salário mínimo para 2026, elevando o valor para R$ 1.621 — um aumento de R$ 103 em relação ao piso atual. Na prática, isso significa mais dinheiro circulando na economia e impacto direto na renda de trabalhadores, aposentados, beneficiários de programas sociais e microempreendedores. Mas o que exatamente muda?
INSS: mais de 28 milhões terão aumento direto
Entre os 40,7 milhões de benefícios pagos pelo INSS, 28,5 milhões são de um salário mínimo. Para esse grupo, o pagamento já sobe para R$ 1.621 na folha de janeiro.
Os segurados que recebem valor acima do piso terão reajuste apenas pela inflação (INPC), que será divulgada em janeiro.
Abono salarial PIS/Pasep
O abono integral para quem trabalhou 12 meses no ano-base passará para R$ 1.621. A partir de 2026, entra em vigor uma regra de transição: o critério de renda para ter direito ao benefício, que antes era de até dois salários mínimos, passa a ser ajustado pela inflação a partir do valor congelado de 2023 (R$ 2.640).
Assim, em 2026, terá direito ao abono quem ganhou em média até R$ 2.765,92 por mês.
BPC/Loas: piso também sobe
O Benefício de Prestação Continuada, pago a idosos com 65 anos ou mais e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade, também será ajustado para R$ 1.621.
A renda familiar per capita exigida passa a ser inferior a R$ 405,25 (25% do novo mínimo).
Em casos excepcionais previstos em lei, famílias com renda de até meio salário mínimo por pessoa também podem ter direito.
Seguro-desemprego
A menor parcela passa automaticamente para R$ 1.621, já que o benefício não pode ser inferior ao salário mínimo.
As demais faixas — que consideram a média salarial dos últimos três meses — e o valor máximo só serão divulgados em janeiro.
Ações na Justiça
O reajuste do mínimo altera limites de indenizações nos Juizados Especiais:
• Federais: teto sobe para R$ 97.260 (60 salários mínimos).
• Cíveis: limite vai para R$ 64.840 (40 salários mínimos).
MEI: contribuição mensal fica um pouco maior
O microempreendedor individual paga 5% do salário mínimo ao INSS. Com o reajuste, a contribuição passa de R$ 75,90 para R$ 81,05 em 2026. O MEI continua recolhendo também R$ 1 de ICMS (comércio/indústria) e R$ 5 de ISS (serviços).


















