A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) reforçou nesta semana o seu propósito com a compensação de gases de efeito estufa. A empresa recebeu o primeiro certificado de compromisso ambiental entregue pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar). A entrega ao governador Carlos Massa Ratinho Junior e ao presidente da empresa, Claudio Stabile, foi nesta quarta-feira (13), nos Emirados Árabes Unidos, onde o Paraná apresenta a sua sustentabilidade ao mundo.
Além do Tecpar, são idealizadores da metodologia e averiguação a Invest Paraná, o Instituto Água e Terra (IAT) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR), com apoio do Centro de Excelência em Pesquisas sobre Biomassa e Carbono (Biofix) e a Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná (Fupef).
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A partir da certificação, a Sanepar assumiu o compromisso de contribuir com a compensação de 178 toneladas de carbono por ano com a adoção do Parque Estadual Rio da Onça, em Matinhos, no Litoral. Por meio desse mecanismo, a Companhia compensará a emissão do gás carbônico gerado no processo de tratamento de esgoto da estação Rio das Pedras, em Marilândia do Sul, no Vale do Ivaí. O inventário de carbono do parque já foi realizado pelas equipes técnicas.
“No Paraná o desenvolvimento econômico é aliado do desenvolvimento sustentável, por isso seguimos com rigor todas as diretrizes estabelecidas pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e fomos eleitos pela entidade como um estado sustentável. Essa ação da Sanepar vem para encorpar esse projeto do Governo do Estado”, destacou Ratinho Junior.
A partir de estudos conduzidos pela UFPR e IAT, o Tecpar dimensionou que a área preservada do Parque Rio das Onças captura 178 toneladas de carbono por ano, o equivalente a 94% da emissão de gases de efeito estufa, em 2020, da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Marilândia.
Para o presidente da companhia, o certificado reafirma o compromisso da Sanepar em promover o desenvolvimento sustentável. “Estamos comprometidos com todas as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Serão cada vez mais frequentes as ações da Companhia que recuperem e promovam a preservação do meio ambiente”, afirmou Stabile.
Mantido pelo Instituto Água e Terra (IAT), o Parque Rio das Onças tem 119 hectares e abriga um trecho remanescente de Mata Atlântica com bromélias, orquídeas e outras espécies da vegetação típica do litoral paranaense. A área tem cinco trilhas, com pontes suspensas, que facilitam a travessia de trechos alagados. As trilhas somam 1,5 quilômetro que podem ser percorridos pelos visitantes. As ações de conservação e preservação serão definidas em acordo com o IAT.
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PROJETO – A intenção do programa é alcançar mais rápido o objetivo de mitigar as emissões de gases do efeito estufa na atmosfera, em alinhamento aos compromissos assumidos pelo Paraná em busca da diminuição dos impactos do desenvolvimento econômico sobre o clima.
A partir desse projeto-piloto, o Tecpar desenvolveu um novo programa de certificação, o Sistema CarbonCert, que atestará conformidade do registro de emissões de carbono. A metodologia será expandida para outras áreas públicas ou privadas e outros tipos de vegetação nativas e plantadas.
O Paraná tem hoje 71 unidades de conservação, que juntas têm 1,2 milhão de hectares. Pela metodologia do estudo, a floresta protegida por essas unidades tem capacidade de sequestro de carbono anual de 1,5 milhão a 2 milhões de toneladas de carbono da atmosfera.
Esse é o primeiro passo do projeto, que ainda está em desenvolvimento e vai auxiliar a Política Estadual de Carbono, organizada pela Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest). Na sequência a Invest Paraná, agência que faz o relacionamento com a iniciativa privada, vai definir as formas de incentivar outras empresas a acessar esse ativo para mitigar as suas emissões.
Hoje, a iniciativa privada realiza o inventário de suas emissões a partir de suas atividades de maneira voluntária, com o plantio de árvores ou diminuição de consumo de recursos naturais, por exemplo. O novo projeto deve estimular as empresas a colaborarem com a proteção dos ativos ambientais do Estado.
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SUSTENTABILIDADE – A quantificação e a certificação por unidades manejadas são estratégicas e demonstram as ações realizadas no Paraná para contribuir com o cumprimento dos compromissos do Acordo de Paris – no documento, assinado em 2015, o Brasil se comprometeu a reduzir em 37% as emissões de gases de efeito estudo até 2025 e 43% até 2030 em relação aos indicadores de 2005.
O Estado também é signatário do Race To Zero e do Race To Resilience, campanhas globais para reunir lideranças com objetivo de neutralizar as emissões de gases de efeito estufa.