O provedor da Santa Casa de Goioerê, Gerson de Brito, reuniu na manhã de sábado, 24, prefeitos e vereadores de Goioerê e região, quando apresentou o projeto de modernização da Santa Casa, que tem como objetivo um atendimento humanizado e se preparar para atender uma demanda maior de pacientes com a instalação da UTI e o projeto de regionalização da entidade.

Quatro prefeitos participaram da reunião: Pedro Coelho (Goioerê), Rafael Bolacha (Moreira Sales), Zé do Caixão (Boa Esperança) e Ismael Dezanoski (Janiópolis). De Rancho Alegre participou o vice-prefeito Adão Primo. Presença ainda do presidente da Câmara de Goioerê, Valter Martins e os vereadores Guilherme Dutra, Jacy da Silva, Abraão Isaque, vereadores da região e os secretários municipais de Goioerê: José Soares (Segurança), Airton Gonçalves (Administração), Gabriela Fabricio (Assistência Social) e Célio (Viação e Obras).

NOVA RECEPÇÃO.. Gerson de Brito abriu a reuniu apresentando o projeto estrutural da nova entrada e recepção do Pronto Atendimento da Santa Casa, cujos recursos estão sendo viabilizados para que a Santa Casa tenha um atendimento mais humanizado e visando um crescimento futuro de atendimentos.

Segundo Gerson, o projeto vai resolver uma situação que atualmente é um problema para pacientes que são atendidos no Pronto Socorro, quando chega um paciente de alta gravidade, vítimas de acidentes, com fraturas expostas, e que ao dar entrada no Pronto Atendimento, passa por todos os pacientes, numa situação delicada para quem assiste a cena e para o próprio paciente que fica exposto.

Dessa forma, o projeto contempla duas entradas, uma para atendimentos em geral e outra para entrada de pacientes de urgência.

Segundo Gerson, o projeto está orçado em cerca de R$ 700 mil que está sendo viabilizando através de linhas de crédito direcionado a hospitais.

ENERGIA SOLAR. Gerson comentou ainda o projeto para implantação da energia  solar no hospital, que atualmente tem um gasto mensal de cerca de 24 mil e no verão chega a atingir R$ 32 mil de consumo de energia. Com a energia solar, estes custos reduziriam em até 70% explicou Gerson de Brito, destacando que são projetos que a entidade vem trabalhando para viabilizá-los.

AUMENTO DE LEITOS. Outro projeto, que segundo Gerson é proposta de seu plano de gestão, é aumentar o número de leitos do hospital, passando dos atuais 67 leitos para 110.

Destes 43 novos leitos, a proposta é que 10 leitos sejam destinados a saúde mental, dentro de uma demanda que os prefeitos presentes disseram existir em seus municípios nesta área.

Gerson explicou que todos estes projetos caminham paralelo a implantação dos 10 leitos de UTI e ao processo de regionalização da Santa Casa. “O aumento para mais de 100 leitos já é pensando na demanda maior com a regionalização, e visando o aumento de faturamento, já que hospitais com mais de 100 leitos tem uma cota maior de AIHs, o que impactará na renda do hospital” – comentou dizendo que “estamos bem conscientes e trabalhando para que a UTI tenha uma vida longa”.

APOIO POLÍTICO. O Provedor pediu o apoio dos prefeitos e vereadores no sentido de endossarem o projeto da UTI junto aos seus deputados. “Precisamos do apoio político de todos, em especial para a instalação da UTI” – comentando que na última semana, além do apoio de Betinho Lima conseguiu o apoio dos deputados Marcio Nunes e Douglas Fabrício. “Conversei com os deputados e expliquei a importância regional da UTI e conseguimos o apoio dos deputados que irão trabalhar junto ao Governo do Estado para a liberação dos leitos” – disse Gerson de Brito.

FINALIZANDO PROJETO. Gerson comentou que o projeto da UTI está bem alinhavado com o Governo do Estado, que já se comprometeu em fazer o repasse da maioria dos equipamentos e a manutenção da UTI até que o Ministério da Saúde credencie a Santa Casa de Goioerê para fazer o repasse financeiro relativo a UTI.

Segundo Gerson, na última semana esteve em Brasília onde visitou o Ministério da Saúde com o deputado federal Rubens Bueno, e recebeu apoio para que assim que a UTI entrar em funcionamento, encaminhe a solicitação de credenciamento.

Gerson explicou que a UTI custará para a Santa Casa em torno de R$ 250 a R$ 300 mil, envolvendo despesas com equipe médica (R$ 170 mil) e serviço/medicamentos, cujos recursos inicialmente serão repassados pelo Governo do Estado e depois Ministério da Saúde.

TRABALHO EM REDE. Outro trabalho que está acontecendo paralelo é a criação de um trabalho de rede entre os hospitais que atendem com UTI, visando um dar suporte para o outro, o que para Goioerê se tornará possível com a entrada em funcionamento da UTI Móvel do Samu.

EMENDAS E INVESTIMENTOS. Ainda na reunião, Gerson de Brito aproveitou para falar de alguns investimentos realizados na Santa Casa, como a implantação do sistema de classificação dos pacientes, que é um pré-atendimento dos pacientes que chegam no Pronto Atendimento, visando agilizar e humanizar o processo. Citou ainda a aquisição  de um novo Raio X já em funcionamento.

Em relação as emendas, segundo Gerson estão empenhadas em favor da Santa Casa R$ 1 milhão e meio, que serão investidos em novos e modernos equipamentos para a ortopedia e instalação de um novo gerador de energia.

EVOLUÇÃO. O prefeito Pedro Coelho parabenizou o trabalho do Provedor Gerson de Brito, que segundo ele promoveu uma evolução muito grande na gestão da Santa Casa.

O prefeito explicou que a Administração vem trabalhando para que Goioerê se torne uma referência regional na área da saúde, o que vem de encontro com o projeto de regionalização da Santa Casa.

“A UTI móvel do Samu é uma realidade e estamos investindo para que isso aconteça logo” – dizendo que Goioerê irá fazer toda a reforma do prédio do Samu para que a UTI móvel possa iniciar as atividades.

CONSÓRCIO. E finalizando, Pedro Coelho explicou aos prefeito que precisam definir as necessidades dos municípios da região na área da saúde, para que a UPA 24 horas possa ser transformada em um centro de especialidades atendendo essa demanda regional, que pelo entendimento preliminar dos prefeitos, a área da ortopedia é hoje a principal demanda reprimida.