Adesão da UEM (Universidade Estadual de Maringá) a greve iniciada por seis Universidades do Estado nesta segunda-feira (15), ainda não prejudica as aulas da graduação dos discentes da Universidade. Isso porque os alunos da UEM estraram em férias na semana passada, quando terminou o ano letivo de 2022. A volta às aulas está prevista para o próximo dia 26 de junho, quando começa o primeiro semestre de 2023.
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Conforme o presidente do Sesduem (Seção Sindical da Associação dos Docentes da UEM),Tiago Ferraiol, a greve tem por objetivo chamar atenção do governo do Estado para repor as perdas salariais. “São sete anos sem reposição salarial. Ao todo são 42% de defasagem e, maio, é o mês previsto em lei da data-base. Neste tempo tivemos apenas uma reposição de 2%, em 2020, e 3%, em 2022,” destaca.
Segundo ele, somente na UEM são 1500 docentes, 500 deles contratados de forma temporária. Atualmente o salário-base do professor auxiliar, em regime de 40 horas, é de R$ 3.400. Já os docentes que possuem titulação recebem um adicional de 45%, valor que vai subindo dependendo da titulação de cada um. “Além dos salários, também estamos reivindicando contração de servidores e recursos para manter os serviços funcionando”, afirma.
Mesmo com as férias, as áreas de pesquisa e projetos da Universidade, não param. Da mesma forma os cursos de pós-graduação e de mestrado. Neste primeiro momento, as atividades seguem normais para estas formações, no entanto, de acordo com Ferraior, a manutenção das aulas serão avaliadas com evolução da greve.
“O Comite de Ética da Universidade vai fazer avaliações para saber se é viável ou não manter estas atividades. Só depois disso teremos uma posição efetiva das atividades de cada setor”, completa.
Conforme Ferraiol, uma reunião está marcada para esta semana com o secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Aldo Nelson Bona. A Sesduem também deverá conversar com o líder do governo na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), deputado Hussein Bakri. “Queremos ver se marcamos também com a Casa Civil ou Secretaria de Fazenda ou com o próprio governador”, finaliza.
Nesta segunda-feira, além da UEM, também entraram em greve a UEPG (Ponta Grossa) Unioeste (Cascavel) UENP (Norte Pioneiro) e Unespar (Paranavaí). A UEL (Universidade Estadual de Londrina) já havia paralisado as atividades acadêmicas desde segunda-feira (8). Já os docentes da Unicentro (Guarapuava) irão decidir na quarta-feira (17) se irão aderir ao protesto.
Fonte: Obemdito