A tilápia é o peixe reproduzido em cativeiro com maior participação no mercado interno brasileiro: equivale a 60% de todas as espécies. Ano passado, a produção superou as 486 mil toneladas – aumento de 12,5%. Com avanços em tecnologias e aprimoramento das técnicas, a participação no mercado exterior teve relevante crescimento: 35% no primeiro semestre de 2021, em comparação ao primeiro semestre de 2020, aponta a PeixeBR (Associação Brasileira de Piscicultura). “Estamos consolidados no mercado com um produto de qualidade. Por isso estamos conquistando cada vez novos países que consomem a tilápia. Nossa meta é continuar atendendo as demandas, fortalecendo nossa marca e também os benefícios a toda cadeia produtiva”, afirma Valter Pitol, diretor-presidente da Copacol (Cooperativa Agroindustrial Consolata), referência no modelo integrado de produção de tilápias.
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Em setembro do ano passado, a Copacol iniciou as exportações para os Estados Unidos: 48 horas após o abate, o filé de tilápia resfriado chega as gôndolas dos supermercados norte-americanos. A logística aérea dá a agilidade necessária para atender o mercado externo. Há cinco anos a Copacol já exportava pele e escamas para a China. No caso dos filés, os embarques são realizados todas as semanas, com metas de crescimento. A empresa já avança as fronteiras para outros países em busca de novos mercados em franca expansão.
Com os sucessivos investimentos do setor privado, neste segundo trimestre de 2021, com faturamento de US$ 1,22 milhão de abril a junho, o Paraná ultrapassou o Mato Grosso do Sul em exportação de tilápia, cujas vendas internacionais somaram US$ 993,9 mil no mesmo período, e Santa Catarina, terceiro lugar, com US$ 763,37 mil. “A atuação intensa tem garantindo posição de destaque do nosso estado na piscicultura. Estamos com metas de novos investimentos para continuarmos crescendo, como ampliação de abate em nossa segunda unidade industrial de Toledo [Oeste do Paraná], além da construção de nova fábrica de rações e de uma nova UPA [Unidade de Produção de Alevinos]”, explica Pitol.
A Semana Nacional do Pescado, entre 1º e 15 de setembro, movimenta o setor em todo o País afim de incentivar o consumo entre os brasileiros. Além de ações promocionais, a Copacol participa com o compartilhamento de receitas e campanhas em todo o País.
ESTRUTURA
Do banco genético até a comercialização, a Copacol possui uma cadeia completa para a produção de tilápia. A UPA possui matrizes para as safras de tilápias. Por ano são mais de 53 milhões de alevinos para atender 280 produtores. A espécie tem acompanhamento diário, com aplicação de vacinas e verificação da capacidade de ganho de peso para o melhor resultado do produto final.
Além de fornecer os próprios alevinos, a Cooperativa é que fornece a ração para todos os integrados, realizando no fim no ciclo a despesca e a industrialização nas duas unidades frigorificadas – uma em Nova Aurora, com produção diária de 150 mil tilápias por dia e outra em Toledo, com capacidade para 80 mil tilápias/dia a ser atingida até 2023. O sistema de piscicultura da Copacol gera mais de 1,5 mil empregos diretos.
Ao todo são 647 hectares de lâminas d’água que devem chegar a 1,1 mil hectares até 2023, com a inclusão de mais produtores. A produção da Cooperativa chegou a 32 mil toneladas, com 42,5 milhões de cabeças abatidas. No primeiro semestre de 2021 foram 22,5 milhões de cabeças de tilápias entregues, totalizando 20,1 mil toneladas.