Continua repercutindo intensamente a tragédia que emocionou na tarde deste sábado, 23, a cidade de Mariluz envolvendo a morte de uma menina de 8 anos de idade, que foi morta ao ser atingida por um tiro de espingarda artesanal, conhecida como “pucha-fieira”, disparado acidentalmente pelo próprio irmão da menina, de 9 anos de idade.
A tragédia aconteceu por volta das 16:00 horas de sábado. Diversas crianças brincavam no quintal de uma residência na propriedade rural conhecida como Olaria, às margens da rodovia Mariluz a Umuarama.
AVÔ SOCORREU. O avô paterno que se encontrava trabalhando nas imediações, socorreu a neta e encaminhou a criança ao Pronto Atendimento de Mariluz, onde a equipe médica constatou que a criança havia entrado em óbito.
RELATO. A Polícia Militar de Mariluz esteve no Pronto Atendimento Municipal de Mariluz, onde estava o avô paterno da criança que disse aos policiais que estava realizando as tarefas diárias no bairro Olaria onde reside, quando foi surpreendido por estampido, correndo em direção à residência, sendo que durante o trajeto, as crianças que estavam brincando no quintal vieram correndo de encontro, onde dentre elas estava seus netos. O menino de 9 anos e a menina de 8.
O neto então relatou que a arma de fogo havia disparado e atingiu a irmã. O avô socorreu a criança e a levou para o Pronto Atendimento em Mariluz.
Sobre a arma de fogo utilizada, o avô disse que a arma permanecia acondicionada sob um guarda-roupa e que não possui qualquer documento de origem e legalidade do objeto. E segundo, é herança familiar, possuindo-a, aproximadamente cerca de vinte anos. Sendo assim equipe do Conselho Tutelar de Mariluz foi acionada para acompanhar o caso.
ARMA DO AVÔ. A equipe policial então deslocou até o Bairro Olaria, na residência, onde foi indicado pelo avô o local onde estava à arma, uma espingarda artesanal “puxa-fieira”, calibre não definido, de cor acinzentada. Ele também entregou dois tubos de munições (diversos chumbos) que estavam acondicionados em um pano vermelho.
Diante dos fatos a equipe policial encaminhou o avô e seu neto, juntamente com a equipe do Conselho Tutelar até o destacamento de polícia militar para confecção do boletim de ocorrência.
CINCO PERFURAÇÕES. Durante o deslocamento a equipe policial recebeu uma nova ligação da equipe médica, informando que menina havia entrado em óbito e que os disparos da arma de fogo atingiram as regiões do ombro esquerdo, braço direito, costas (vindo a atingir pulmão e coração), totalizando cinco perfurações de chumbo.
Diante das novas informações a equipe policial acionou a equipe da Polícia Civil de Cruzeiro do Oeste, onde em contato com Dr. Isaias, delegado, o mesmo orientou para que a criança fosse atendida pelo Conselho Tutelar e psicólogo e fizesse a entrega do menor, para que adotassem os procedimentos cabíveis.
Posteriormente o avô, a arma de fogo, e uma testemunha foram encaminhados até a Delegacia de Polícia Civil de Cruzeiro do Oeste para demais procedimentos.
O menor ficou sob responsabilidade da equipe do Conselho Tutelar, sendo resguarda toda sua integridade física e psíquica, inclusive a psicóloga esteve presente, prestando atendimento.
AVÔ FOI PRESO. Após ser ouvida na Delegacia de Cruzeiro do Oeste pelo delegado Dr. Isaías deteve o avô do menino que foi preso por omissão e negligência já que deixou a arma em local de fácil acesso ao alcance da criança.