Uma Portaria publicada recentemente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), estabelecendo um rezoneamento eleitoral em todo o País, vem causando preocupação em vários municípios paranaenses. Na tarde de segunda-feira, 22, lideranças políticas, dentre elas o deputado Marcio Pacheco (PPL), estiveram reunidas com o presidente do TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná), desembargador Adalberto Jorge Xisto Pereira, para discutir o assunto, em especial a possibilidade de fechamento das zonas eleitorais da Comarca de Ubiratã, que também inclui o município de Juranda.
Com o fim das zonas eleitorais, todo o atendimento aos eleitores das duas cidades seria concentrado na Comarca de Goioerê, distante 80 quilômetros de Ubiratã e 50 quilômetros de Juranda. Para evitar isso, os dois municípios correm contra o tempo para atingir um colégio Eleitoral de 25 mil eleitores até 14 de junho.
De acordo com o TSE, até o início deste mês, Ubiratã e Juranda somavam pouco mais de 23 mil eleitores cadastrados biometricamente. “Queremos que a Justiça Eleitoral reveja e analise com maior atenção a possibilidade de se prorrogar a data final de cadastramento de eleitores, que não podem ser prejudicados em seus direitos” – afirma o deputado Pacheco.
Na reunião realizada segunda-feira, 22, estiveram presentes os deputados Claudio Palozi (PSC), Tiago Amaral (PSB), Luís Corti (PSC), Evandro Araújo (PSC), Tercílio Turini (PPS), e Márcio Pacheco (PPL) o prefeito de Ubiratã, Haroldo Fernandes Duarte (PSC), o “Baco” e a prefeita de Juranda, Leila Amadei (PSD), bem como vereadores e o juiz eleitoral da Comarca de Ubiratã, Ferdinando Scremin Neto.
A prefeita de Juranda, Leila Amadei, afirma que segue a mesma linha do prefeito “Baco” de Ubiratã. Não concorda com as alterações previstas porque não traz benefícios aos eleitores. Ao contrário, eles terão que se deslocar para uma cidade mais distante para acessar os serviços da Justiça Eleitoral” – frisa a prefeita Leila Amadei.
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral ouviu atentamente os pedidos da comitiva e adiantou que a magistratura paranaense é contra a extinção das zonas eleitorais no Paraná. “Foi uma surpresa essa Resolução e não concordamos com ela. Vamos lutar com os presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais do País para modificar isso” – enfatiza Adalberto Pereira.
Lideranças de Juranda e Ubiratã na reunião no TRE em Curitiba