O Tribunal do Júri da Comarca de Goioerê proferiu sua sentença no caso envolvendo o homicídio de Gislaine Aparecida Oliveira, ocorrido em setembro de 2019 na cadeia feminina de Goioerê. Rubiane Cristina dos Santos e Karina de Paula Martins foram condenadas a 21 anos de prisão pelo crime. O juri aconteceu onte,, terça-feira, 6.
Gislaine, que anteriormente havia sido condenada a 31 anos de prisão por envenenar uma criança de dois anos e ferir gravemente sua irmã, foi encontrada morta na prisão, enforcada com o corpo preso na porta da grade de acesso à galeria. A motivação para o assassinato dentro da cadeia foi atribuída ao crime hediondo que ela cometeu anteriormente.
Os jurados acataram a tese do Ministério Público de que o crime foi praticado por motivo torpe e sob tortura. Foi destacado que Gislaine foi obrigada a escrever uma carta dizendo que estava se suicidando, embora evidências forenses contradigam essa versão, conforme laudo do Instituto Médico Legal (IML).
O juiz Christian Palharini Martins aplicou a pena de forma dividida: 20 anos e 3 meses de prisão pelo crime de homicídio triplamente qualificado, e 7 meses e 24 dias pelo crime de fraude processual, para cada uma das rés.
A condenação foi baseada com ação proposta pelo Ministério Público. A Promotoria de Justiça apontou que o crime foi praticado sob tortura, pois as envolvidas forçaram Gislaine a escrever uma carta dizendo que estava cometendo um suicídio. Além disso, laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou para a dificuldade de defesa da vítima durante o assassinato.
OUTRAS: O homicídio também teve outras sete acusadas de participação. Elas irão a julgamento em outras datas. As rés foram condenadas com a qualificadora de homicídio triplamente qualificado, fraude processual e participação em facção criminosa. Já que o assassinato teria sido ordenado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), quadrilha que atua dentro e fora dos presídios. A detenta assassinada havia sido condenada pela morte da criança, por envenenamento, no Jardim Universitário.