Nesta segunda-feira, 17, a Universidade Estadual de Maringá (UEM) dá início ao ano letivo para 14.200 estudantes de graduação, por meio do ensino remoto. Originalmente, o calendário acadêmico da UEM iniciaria no dia 6 de abril, mas foi suspenso devido à pandemia de covid-19. As aulas seguem até 19 de dezembro, de acordo com o novo calendário acadêmico.
De acordo com o reitor Julio César Damasceno, ao aprovar o Ensino Remoto Emergencial (ERE), o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEP) da UEM, previu um período de ambientação nas plataformas digitais que deve demandar alguns dias. “O ERE é a opção viável neste momento em que não podemos manter o contato direto com nossos alunos e garantir essa flexibilidade é importante para o sucesso das atividades emergenciais”, afirma o reitor.
Os acadêmicos também podem optar por trancar o ano letivo de 2020. Isso pode ser feito sem custo e sem contabilizar no prazo máximo que o aluno tem para se formar. Os procedimentos estão detalhados no site da Diretoria de Assuntos Acadêmicos (DAA).
Aula magna. Para marcar o início do seu ano letivo, a UEM convidou o ex-ministro da Educação e professor da Universidade de São Paulo (USP), Renato Janine Ribeiro, para ministrar uma aula magna que terá como tema “O papel da Universidade no Contexto da Pandemia”. O evento será na segunda-feira, 17, às 19h30, com transmissão ao vivo, pelo canal do Núcleo de Educação a Distância (Nead) no YouTube. Clique aqui para se inscrever.
Plataformas. Segundo a diretora do Nead, Josimayre Novelli, os professores poderão escolher entres duas plataformas digitais que funcionarão como câmpus virtual da UEM. Uma delas é o G Suite for Education, que é um pacote de aplicativos corporativos, de ferramentas e serviços do Google. O pacote possibilita acesso da comunidade acadêmica ao Google ClassRoom, ao Google Meet, e outras ferramentas que permitem ao professor criar um espaço customizado com salas virtuais para as disciplinas, distribuição de tarefas, além da criação de uma pasta do Google Drive dentro do ambiente da disciplina para disponibilizar materiais para os alunos e outras medidas.
Igualmente disponível, a plataforma Moodle constitui um sistema completo que também permite várias possibilidades e estratégias de ensino e aprendizagem. Para ministrar as aulas remotas o professor terá autonomia para criar o ambiente das disciplinas e turmas no Moodle.
O Nead abriu turmas para treinamento e ofereceu apoio técnico e pedagógico aos professores da universidade para ambientação nas plataformas digitais e ferramentas de interação com os alunos.
Inclusão digital. Para garantir a inclusão de todos os alunos nas aulas remotas, a UEM lançou o Projeto de Inclusão Digital, viabilizado por meio de parceria com a Receita Federal, que doou 850 smartphones e 28 notebooks. Além da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), que financiou a compra de cerca de mil chips com acesso à internet de banda larga, com pacotes mensais de, pelo menos, 10 GB, segundo o professor Elyson Andrew Pozo Liberati, assessor técnico da Pró-Reitoria de Ensino (PEN).
Liberati explica que no primeiro edital aberto para solicitação dos equipamentos e chips, foram registradas 99 inscrições das quais 85 foram homologadas. A entrega dos equipamentos ocorrerá ao longo da próxima semana. “Dos 85, 11 irão para o Câmpus Regional de Umuarama, 4 para o Câmpus de Ivaiporã, 1 para o Câmpus de Cianorte e 1 para o Câmpus de Goioerê”, explicou o professor.
Ele também adiantou que na próxima semana a UEM abrirá um edital mais amplo para contemplar alunos de graduação e de pós-graduação em situação de vulnerabilidade econômica. “Ainda estamos definindo qual será o teto máximo para concorrer ao edital”, disse.
O assessor da PEN também destacou que estão em processo de aquisição 200 tablets e que há um estudo sobre a possibilidade de compra de 40 notebooks. (gmconline)