Docente alega sofrer de severo comprometimento de suas funções intelectuais, caso seja obrigado a utilizar meios que dificultem a respiração normal
A Unipar (Universidade Paranaense) informou que vai substituir o professor do curso de Direito que apresentou atestado médico para não usar máscara em sala de aula. O pedido do docente chegou a ser acatado por um dos coordenadores da instituição de ensino, o que gerou revolta entre os alunos.
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Em comunicado interno, o coordenador disse que o professor Alessandro Yokohama havia protocolizado atestado médico firmado por profissional devidamente habilitado, confirmando “que o mesmo sofre de severo comprometimento no desempenho de suas funções intelectuais, caso seja obrigado a utilizar meios que dificultem a respiração normal, como as máscaras, ‘face shield’ etc”.
E acrescentou: “Por tal motivo, a teor do parágrafo 7o do artigo 3o da Lei n. 13.979/20, na redação que lhe foi dada pela Lei n. 14.019/20, o referido professor está legalmente dispensado do uso obrigatório de máscara de proteção facial durante a realização de suas aulas”.
A reação dos acadêmicos foi imediata. Três deles mantiveram contato com a redação do OBemdito entre a noite de segunda-feira (23) e a manhã desta terça (24). “Estamos indignados. A instituição pensa no professor, mas se esquece de nós, alunos. A maioria da turma sequer recebeu a primeira dose da vacina. Não vamos aceitar”, disse uma aluna.
Outro aluno disse que viu o professor fazendo compras no Paraguai e que ele não demonstrava nenhum incômodo diante do uso da máscara. “Ele também vai chegar de cara limpa, sem máscara, nas audiências como advogado? Será que o juiz permitiria isso”, questionou.
Em sua página no Facebook, o professor já chamou a máscara de “focinheira”.
Em nota, a assessoria de imprensa da Unipar afirmou que, “referente ao professor Alessandro Yocohama, do curso de Direito, quanto ao uso de máscara em sala de aula, o posicionamento da Instituição, via decisão da Direção Geral, representada pela Diretora, professora Fernanda Garcia Velasquez de Lima, é que, embora o docente esteja amparado juridicamente e com atestado médico consubstanciado, a coordenação do curso fará a substituição do professor. Sendo o que se apresenta para o momento, ficamos à disposição, reiterando o compromisso da Unipar com a segurança de todos os seus alunos, professores e colaboradores”.
Fonte: O Bemdito.